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Amazonas

Motoristas e cobradores param ônibus em Manaus reivindicando vacina e reajustes de salários

Os rodoviários pedem  prioridade para vacinação contra Covid-19, pagamento de salários e férias atrasadas, além de melhores condições de trabalho

Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Manaus pararam centenas de ônibus, na tarde desta quarta-feira (19/05), em várias zonas da capital, segundo as informações dos sindicatos que apoiam o movimento. Policiais militares e agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) compareceram ao local para auxiliar o trânsito no local.

Os rodoviários pedem  prioridade para vacinação contra Covid-19, pagamento de salários e férias atrasadas, além de melhores condições de trabalho. Milhares de passageiros ficaram no meio do caminho com a paralisação que ainda não tem hora para terminar.

A manifestação, que contou com o apoio de outras entidades sindicais, ocorreu na entrada do Terminal de Passageiros 1, no Centro; na Rotatória da Suframa, zona sul de Manaus; na rotatória do Produtor, na zona Leste, e na entrada da Ponte Rio Negro, zona oeste.

Segundo Luiz Carlos, representante do SindiCarga (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Cargas Secas e Molhadas, Distribuidoras de Bebidas em Geral, Gás, Petróleo e seus Derivados e Veículos Automotores de Duas Rodas e Similares do Município de Manaus do Estado de Amazonas), a paralisação se deu para pressionar os empresários do transporte coletivo a atender o pagamento do reajuste salarial dos rodoviários e a vacinação em massa da categoria.

“Vai fazer três anos que não tem reajuste salarial. Desde o mês de março, que os trabalhadores tentam dialogo com os empresários que dizem que não têm condições de pagar (o reajuste). Alegam que estão no vermelho. E os trabalhadores são linha de frente. Vacinas já para eles”, disse o sindicalista.

Luiz Carlos ressaltou que caso o pleito dos trabalhadores não seja atendido, os rodoviários prometem realizar mais greves em Manaus. “É só pagar os reajustes e as férias, que estão atrasados. Pagar os tickets de alimentação. Enquanto não pagarem, vai ter greve quase todos os dias em Manaus”, anunciou Luiz Carlos.

Prefeitura de Manaus já pagou R$ 89,4 milhões para empresas de ônibus este ano

 

No último dia 10, a  desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11) Solange Maria Morais determinou a aplicação de multa de R$ 200 mil por hora, caso o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus descumpra a liminar expedida pelo próprio TRT, que suspendeu movimentos de paralisação desde o dia 7 de maio.

Ao assumir a gestão, no início deste ano, o prefeito David Almeida disse que a população estava enfrentando um inimigo, que ceifava vidas e prometeu intensificar ações para combater o coronavírus. “Com a frota completa nas ruas, a população poderá respeitar o distanciamento nos ônibus, evitando as aglomerações”, disse à época, o prefeito.

No mesmo período, o diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Paulo Henrique Martins, informou que iria se reunir com uma equipe do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) e do Ministério Público do Estado (MP-AM) para definir as medidas que seriam tomadas para que não faltem ônibus para a população.

 

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