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Amazonas

Maioria do ouro extraído na Amazônia pode ser ilegal, diz estudo

A mineração ilegal na Amazônia está contribuindo para o desmatamento, perturbando as comunidades indígenas e exacerbando os efeitos das mudanças climáticas.

Garimpo ilegal no rio Tapajós, no Pará. (Foto: Pedro Ladeira_Folhapress)

Um total de 98% do ouro vendido a partir de áreas do entorno de terras indígenas no Brasil entre 2018 e 2020 tem indícios de irregularidades, de acordo com estudo do Instituto Escolhas, associação ligada à sustentabilidade.

A falta de controles adequados abre espaço para que o ouro extraído ilegalmente seja facilmente declarado como proveniente de áreas autorizadas quando vendido no mercado, disse o Instituto, que analisou registros comerciais e pedidos de permissão de mineração.

O relatório considerou duas possibilidades como indícios de comércio ilegal: quando o comércio de ouro ocorreu a partir de um título minerário com indícios de extração fora da área autorizada, e quando registrado sob os chamados “títulos fantasmas”, que são áreas minerárias autorizadas, mas sem qualquer evidência de atividade de mineração identificada.

O grupo defende o estabelecimento de um sistema de rastreabilidade do ouro brasileiro, adotando sistemas digitais e marcando fisicamente o metal. Também advoga o cancelamento de 1.304 processos minerários para a exploração de ouro dentro ou em áreas próximas a territórios indígenas e áreas protegidas na Amazônia.

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