Conecte-se conosco

Amazonas

Lista de 14 investigados na CPI inclui ex-secretário e deixa de fora governador do Amazonas

O critério principal foi incluir na lista quem já foi ouvido pela comissão ou quem já tinha indícios suficientes para serem incluídos; veja a lista

O relator da CPI da Pandemia no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou, nesta sexta-feira, feira (18/06) a lista com 14 autoridades que passarão da condição de testemunhas para investigados na comissão. A lista inclui o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, e deixou de fora o governador do Estado, Wilson Lima (PSC).

A lista inclui o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Até então, os 14 relacionados constavam como testemunhas da comissão. Em face da reclassificação, eles passam a ter direito ao princípio da ampla defesa, e os respectivos advogados podem ter acesso a informações, documentos e provas reunidas pela CPI da Covid.

Dos 14 nomes, oito já haviam prestado depoimento no Senado na condição de testemunhas. Até aqui, no total, a CPI já ouviu 29 pessoas. A reclassificação não compromete a análise do
conteúdo das declarações.

No escopo do Ministério da Saúde, Calheiros, relator da comissão, também incluiu como investigados o ex-secretário Elcio Franco Filho (que era o “02” da pasta na gestão Pazuello) e
os atuais servidores Hélio Angotti Neto (secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos) e Mayra Pinheiro, a “capitã cloroquina” (secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde).

A atual coordenadora do PNI (Plano Nacional de Imunização), a enfermeira Franciele Francinato, também passa à condição de investigada, embora ainda não tenha prestado esclarecimentos em audiência no Senado.

Já no âmbito do que tem sido chamado de “gabinete paralelo”, a CPI investigará o ex-assessor
do Planalto Arthur Weintraub, tido como líder do grupo que era responsável pelo assessoramento informal ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas questões relacionadas à pandemia; e uma das principais referências técnicas desse grupo, a médica oncologista Nise Yamaguchi.

Nise, defensora contumaz do uso de cloroquina no tratamento da covid-19 (o remédio não tem eficácia, de acordo com as evidências científicas), será acompanhada dos colegas Paolo Zanotto (biólogo) e Luciano Dias Azevedo (médico e tenente da Marinha).

Também passam à condição de investigados o empresário Carlos Wizard (que atuou como colaborador do Ministério da Saúde), o publicitário Fábio Wajngarten (ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social) e Marcellus Campêlo (ex-secretário estadual de Saúde do Amazonas).

Confira a lista
Elcio Franco Filho;
Arthur Weintraub;
Eduardo Pazuello;
Ernesto Araújo;
Hélio Angotti Neto;
Marcelo Queiroga;
Mayra Pinheiro;
Nise Yamaguchi;
Paolo Zanotto;
Luciano Dias Azevedo;
Carlos Wizard;
Fábio Wajngarten;
Franciele Francinato;
Marcellus Campêlo.

Renan Calheiros declarou hoje que a reclassificação “acentua um momento importante da investigação”. “Precisamos mudar o patamar da própria investigação transformando-os em investigados”, declarou o congressista, que concedeu entrevista à imprensa ao lado dos colegas Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é vice-presidente do colegiado, e Humberto Costa (PT-PE).

Os três fazem parte da cúpula do chamado “G7”, o grupo de parlamentares da oposição e da ala independente, mas que é crítica ao governo Bolsonaro.

Segundo Calheiros, a reclassificação é uma decisão acertada inclusive para os próprios investigados pela CPI.

“É bom para a segurança jurídica do próprio investigado, que passa a ter direito às informações
e provas da CPI.”

Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

20 + 20 =