Amazonas
Justiça determina realização de coleta regular de lixo na ‘terra das cachoeiras’, no Amazonas
Decisão foi proferida em ação civil pública, iniciada pelo Ministério Público do Amazonas.

Em Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas, decisão judicial determinou que o Município realize, no prazo de 48 horas, a coleta e a destinação adequada de todo o lixo domiciliar atualmente acumulado na zona urbana e rural, mantendo a regularidade e a continuidade do serviço.
Presidente Figueiredo é conhecida nacionalmente como a Terra das Cachoeiras em razão de sua fartura de águas, selva, recursos naturais, cavernas, cachoeiras e geossítios que constituem o Geoparque Cachoeiras do Amazonas
A liminar foi proferida pela juíza Tamiris Gualberto Figueirêdo, na ação civil pública n.º 0603280-02.2024.8.04.6500, e foi disponibilizada no Diário da Justiça Eletrônico desta quinta-feira (2/10).
No caso de descumprimento deliberado, a decisão prevê multa diária no valor de R$ 10 mil, limitada inicialmente a 30 dias, a ser revertida em favor de fundo vinculado aos direitos difusos, com possibilidade de futura majoração ou responsabilização pessoal do gestor.
O processo foi iniciado pelo Ministério Público em dezembro de 2024 e instruído com vários documentos comprovando a falha na execução do serviço, que resultou em acúmulo de lixo em vários bairros, gerando risco à saúde pública e ao meio ambiente.
Após a liminar ser proferida, o Município apresentou contestação, alegando que logo no início da gestão começou a tomar medidas para solucionar o problema conhecido já na fase de transição da administração e que vem realizando os serviços de forma contínua, priorizando pontos críticos de acúmulo de lixo.
O Ministério Público também se manifestou, pedindo a procedência dos pedidos no mérito da ação, para a realização da coleta de lixo de forma regular, nas zonas urbana e rural, e que seja dada ampla publicidade aos cidadãos nos meios de comunicação, site e redes sociais oficiais da Prefeitura sobre o cronograma de coleta em cada bairro e comunidade.
O Ministério do Turismo catalogou mais de cem quedas d’água no município, muitas delas exploradas economicamente através do ecoturismo. É existente na área urbana e rural uma razoável infraestrutura turística em expansão.
Dentro da jurisdição do município está a Usina Hidrelétrica de Balbina, que foi severamente criticada durante sua construção por seu enorme impacto sobre as populações nativas e tradicionais; a hidrelétrica é a única no Estado do Amazonas.
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