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Amazonas

Deputados aliados se calam sobre corrupção na alta cúpula da segurança do Amazonas

Delegado Samir Freire era um dos homens de confiança do governador Wilson Lima (PSC) e foi preso pela Polícia Federal na última sexta (09)

Deputado em sessão plenária na Assembleia Legislativa- Foto: Danilo Mello

Os deputados estaduais da base de apoio do governador Wilson Lima (PSC) na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) ficaram em silêncio, nesta terça-feira (13/07), sobre o esquema de corrupção na cúpula da segurança pública e não repercutiram a prisão do ex-secretário de Inteligência, delegado Samir Freire, ocorrida na última sexta-feira (09/07), durante operação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e Polícia Federal.  Segundo o MP-AM, 60 quilos de ouro foram roubados por meio de extorsão a garimpeiros, que equivale ao prejuízo de R$ 18 milhões.

Samir, segundo o MP-AM, é acusado junto a mais outros servidores da Secretaria Adjunta de Inteligência (SEAI) de envolvimento na subtração de ouro, mediante graves ameaças dirigidas aos transportadores do referido metal.

Somente o deputado Wilker Barreto (Sem Partido), um dos dois deputados de oposição ao governo Wilson Lima, se posicionou na sessão desta terça (13/07), e solicitou do presidente Roberto Cidade (PV) que se convide ou se visite o procurador-geral de Justiça, Alberto Nascimento, para que faça esclarecimentos sobre o Guardião, equipamento de interceptação telefônica usado em investigações. A suspeita é que o equipamento do Governo do Amazonas esteja sendo utilizado para escutas ilegais de parlamentares.

“Presidente, eu quero pedir a vossa excelência que possamos em caráter de urgência visitar ou convidar o procurador-geral de justiça para que possamos ter informações céleres porque eu não tenho dúvidas que este governo, de organização criminosa, tem coragem de investigar deputado sem autorização judicial. O aparato de inteligência pública do Estado estava sendo usada para o crime. Ou seja, pudor zero. As denúncias que não chegaram época materializam-se a forma, agora, como foi a operação do Gaeco e da Polícia Federal”, avaliou Wilker Barreto.

Na sexta passada, o promotor de Justiça Armando Gurgel, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (GAECO-AM)  disse que em algumas ocorrências houve a “participação clara e efetiva da estrutura e de agentes da Seai (Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência), e o titular de lá tinha conhecimento das ocorrências que aconteciam”.

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