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Amazonas

Crítico das políticas do governo para a Região, Arcebispo de Manaus será o primeiro cardeal da Amazônia brasileira

Quando assumiu o arcebispado, ele disse que estavam tentando governar o País “na base de notícias falsas, da agressividade, da violência”. E prometeu não se calar contra os desmandos do governo.

O arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, será o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Ele foi nomeado neste domingo (28/05) pelo Papa Francisco como novo cardeal da Igreja Católica. Além dele, o arcebispo de Brasília, Dom Paulo César, também foi nomeado cardeal. A cerimônia de nomeação deve acontecer em agosto.

Dom Leonardo Ulrich Steiner nasceu no dia 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha (SC). Fez sua profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores em 2 de agosto de 1976 e foi ordenado sacerdote em 21 de janeiro de 1978.

Ele foi nomeado bispo em 2 de fevereiro de 2005 pelo Papa João Paulo II para a Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), sucedendo a dom Pedro Casaldáliga. Tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020, após assumir o cargo ocupado por Dom Sergio Castriani desde 2013.

Dom Leonardo já foi duas vezes secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Steiner é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Por sua formação pedagógica, assumiu trabalhos na área da educação. Ele também estudou Filosofia e Teologia nos Franciscanos de Petrópolis e obteve a licenciatura e doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma.

O arcebispo também já foi duas vezes secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele é o 1º Vice-presidente da Conferência Eclesial da Amazônia, criada em 29 de junho de 2020, e erigida canonicamente pelo Papa Francisco em 9 de outubro de 2021.

O arceispo de Manaus é crítico das políticas do presidente Bolsonaro para a Amazônia. Ele já afirmou que ataque à Zona Franca de Manaus é um alerta para que a população vote consciente. A fala do Arcebispo Metropolitano se deu após a assinatura do decreto presidencial que confirma a diminuição de até 25% na cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Quando assumiu o arcebispado, ele disse que estavam tentando governar o País “na base de notícias falsas, da agressividade, da violência. Isso não constrói um Brasil. E prometeu não se calar contra os desmandos do governo. Quer ser, conforme declarou nessa mesma ocasião, “fermento e luz na realidade que se apresenta desigual, violenta, desequilibrada, social e ambientalmente”.

De formação franciscana, Steiner é discípulo do catalão Pedro Casaldáliga, o “bispo do povo”. Também mantém proximidade de dom Claudio Hummes, cardeal brasileiro que mais influência tem sobre o papa Francisco.

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