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Amazonas

Crime e violência: EUA elevam alerta de segurança para viagens a fronteiras do Amazonas

A medida foi tomada devido ao aumento do risco de crimes e inclui áreas de fronteira com Colômbia e Peru, uma das principais rotas do narcotráfico internacional e do crime que avança na Amazônia e no Amazonas.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos elevou o nível de alerta para turistas que viajam para o Brasil e para aqueles que visitam determinadas áreas, como favelas, algumas regiões administrativas do Distrito Federal e áreas de fronteira com a Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, na Região Norte, e Paraguai. A medida foi tomada devido ao aumento do risco de crimes.

A fronteira do Amazonas com a Colômbia e o Peru é uma das principais rotas do narcotráfico internacional. Em 2019, o Ministério Público do Estado (MP-AM) instaurou Procedimento Preparatório para averiguar a falta de materiais de expediente e efetivo policial na Delegacia de Policia do município de Tabatinga, na calha do Rio Solimões, na fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru, região considerada como uma das maiores produtoras e exportadores do mundo de cocaína e a maior parte da população está exposta à violência do narcotráfico.

As fronteiras internacionais Brasileiras foram colocadas no nível 4: não viaje. Os funcionários do governo dos EUA não podem viajar para áreas a menos de 150 quilômetros das fronteiras terrestres internacionais com Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Paraguai sem a aprovação prévia dos oficiais de segurança, devido a crime. São permitidas viagens ao Parque Nacional de Foz do Iguaçu e ao Parque Nacional do Pantanal.

De acordo com as recomendações de viagem divulgadas hoje (14), o alerta de segurança para o Brasil é nível 2, em que é recomendado aumentar cautela. Os níveis vão de 1 a 4. No caso das áreas especificadas, o nível sobre para 4, em que o governo norte-americano não recomenda a viagem. Funcionários do governo dos Estados Unidos também só podem visitar esses locais com autorização prévia.

O comunicado aconselha aos turistas a não visitarem “empreendimentos informais de habitação (comumente referidos no Brasil como favelas, vilas, comunidades e/ou conglomerados) a qualquer hora do dia devido a crimes”, nem mesmo em uma visita guiada. De acordo com o órgão, mesmo nessas comunidades que a polícia ou os governos locais consideram seguros, a situação pode mudar rapidamente e sem aviso prévio. A cautela também se estende às áreas próximas, já que “ocasionalmente, os combates entre gangues e os confrontos com a polícia ultrapassam os limites dessas comunidades.”

Segundo o Departamento de Estado, também não é aconselhado a ida de turistas para as regiões administrativas (conhecidas como cidades satélites) de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá, todas no Distrito Federal, durante a noite.

Ainda de acordo com o comunicado, no Brasil “crimes violentos, como assassinato, assalto à mão armada e roubo de carros, são comuns nas áreas urbanas, dia e noite. A atividade de gangues e o crime organizado é generalizada. Assaltos são comuns. Os funcionários do governo dos EUA são desencorajados a usar ônibus públicos municipais em todas as partes do Brasil devido ao risco elevado de assalto e agressão a qualquer hora do dia e, especialmente, à noite”.

Caso o turista decida viajar para o Brasil, o órgão orienta, por exemplo, a estar atento ao entorno e ter mais cuidado em áreas isoladas; não resistir a tentativas de assalto; não caminhar nas praias depois de escurecer; não exibir sinais de riqueza, como relógios ou joias caras; ser extremamente vigilantes em bancos ou caixas eletrônicos; e ter cuidado no transporte público, especialmente à noite. “Os passageiros enfrentam um risco elevado de roubo ou assalto usando transporte público de ônibus municipal em todo o Brasil”, diz a recomendação.