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Amazonas

Caso Bruno e Dom: quatro testemunhas devem ser ouvidas no 2º dia de audiências

Audiências de instrução e julgamento vão durar três dias e irão decidir se os acusados de assassinar Bruno Pereira e Dom Phillips vão a júri popular.

a audiência, que está sendo conduzida pelo juiz federal Fabiano Verli. (Foto: Rôney Elias/Rede Amazônica)

Quatro testemunhas devem ser ouvidas nesta terça-feira (21), em Tabatinga, segundo dia de audiências de instrução e julgamento sobre o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips. A sessão irá definir se os acusados irão a júri popular.

Nesta terça, a audiência conduzida pelo juiz federal Fabiano Verli, começou às 7h10, no horário de Tabatinga. Minutos depois, a sessão precisou ser suspensa devido à falta de energia elétrica na cidade.

Após o gerador de energia do prédio da Justiça Federal ser ligado, a audiência foi retomada.

Durante três dias de audiências, serão ouvidas 15 testemunhas. Na segunda-feira (20), primeiro dia,  problemas na internet atrasaram o início dos trabalhos e somente uma testemunha depôs.

O depoimento dos acusados – Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha” – acontecerá por videoconferência, nesta quarta-feira (22).

Os três réus, presos em penitenciárias federais, iriam prestar depoimento no primeiro dia, no entanto, estavam sem conexão para a videoconferência.

Na audiência de instrução e julgamento, o objetivo é verificar se as provas testemunhais colhidas durante a fase do inquérito policial são robustas ou não para os acusados irem a júri popular.

As audiências estavam marcadas para ocorrer nos dias 23, 24 e 25 de janeiro, mas não aconteceram por problemas técnicos, conforme informações da Justiça Federal no Amazonas.

Caso Bruno e Dom

Segunda maior reserva indígena do país, o Vale do Javari teve o grave problema da insegurança exposto após os assassinatos de Bruno e Dom. Eles desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, e foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael.

De lá, seguiriam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais dos dois foram encontrados em 15 de junho. As vítimas teriam foram mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos santos”, e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, foram presos suspeitos de cometerem os assassinatos.

Além dos três acusados, no fim de janeiro, a Polícia Federal (PF) apontou Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, como o mandante dos homicídios.

Colômbia está preso desde dezembro do ano passado. Ele chegou a ser solto após pagar uma fiança de R$ 15 mil, em outubro. A prisão foi decretada novamente pela Justiça Federal após ele descumprir condições impostas quando obteve liberdade provisória. Colômbia também é investigado por pesca ilegal e tráfico de drogas.

Segundo as investigações, “Colômbia” tinha relação direta com Amarildo. No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo, Oseney e Jefferson pelo assassinato das vítimas. De acordo com o superintendente, Colômbia também será indiciado.

As informações são do G1 Amazonas.

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