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Amazonas

Base de Wilson Lima silencia na Assembleia após STJ manter governador como réu

Wilker Barreto chamou o govenador de líder de organização criminosa e cobrou CPI da Asfixia

Assembleia Legislativa aumentou gastos nos últimos quatro anos em quase R$ 200 milhões, disse o deputado

Na última sessão plenária de 2021 da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE), os deputados da base de apoio do governador Wilson Lima (PSC) optaram, nesta quinta-feira (16/12), pelo silêncio ante à derrubada do recurso interposto pela defesa do chefe do Executivo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão do colegiado que viu justa causa na Ação Penal nº 993/DF, denunciando a compra de respiradores com preço superfaturado, e aceitou a denúncia por organização criminosa, crimes licitatórios e peculato no dia 20 de setembro.

Apenas o parlamentar Wilker Barreto (sem partido) reverberou a decisão do STJ. Para o deputado, se a mesma decisão fosse contra um servidor público comum, este já estaria demitido por justa causa. “Novamente o STJ confirma que o Wilson é chefe de organização criminosa. Qual é a chance de um policial, de um servido público continuar na função pública com esse título? Qualquer servidor já estaria fora da função pública por justa causa se fosse réu. Mas para governar o Amazonas, com R$ 30 bilhões do contribuinte, pode ter esse CPF”, analisou Wilker.

Wilker Barreto disse que a Assembleia terminou as atividades legislativas em 2021 sem investigar os possíveis crimes cometidos pelo Governo do Amazonas na segunda onda da Covid-19. “Há uma grande pergunta que eu escuto da CPI no Senado, entre governo e oposicionistas, e que todos os senadores não entendem: o porquê da assembleia não investigar a pandemia, o porquê que só este deputado cobra a assinatura da CPI da asfixia. Estou cobrando, na nossa última sessão plenária, a assembleia fechará o ano sem investigar a segunda onda, sem investigar as mortes dos amazonenses por asfixias, sem sequer investigar os contratos. Eu preciso me posicionar porque a comissão de saúde desta casa tem a obrigação de investigar”, cobrou o parlamentar.

Decisão

Com a decisão, se mantém réus por organização criminosa Wilson Lima, Carlos Almeida Filho, Rodrigo Tobias, João Paulo Marques, Perseverando Garcia Filho, Dayana Mejia, Alcineide Pinheiro, Ronald Gonçalo Caldas, Gutemberg Alencar, Fábio José Antunes Passos e Cristiano Cordeiro. E por embaraço à investigação, Wilson Lima e João Paulo Marques.

Continuam a responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação e fraude à licitação Wilson Lima, Alcineide Pinheiro, Dayana Mejia, Rodrigo Tobias, João Paulo Marques, Perseverando Garcia Filho, Ronald Gonçalo Caldas, Cristiano Cordeiro, Fábio José Antunes Passos, Luciano Zuffo Vargas de Andrade, Luiz Carlos Avelino Júnior, Márcio de Souza Lima e Gutemberg Alencar.

O grupo é investigado por comprar 28 respiradores pulmonares de uma loja de vinhos. A PGR afirmou que a organização criminosa era comandada pelo governador e “tinha por propósito a prática de crimes contra a Administração Pública, especialmente a partir do direcionamento de contratações de insumos para enfrentamento da pandemia”.

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