Conecte-se conosco

Amazonas

Amazonas tem redução de 5,3% no número de mortes violentas no 1º semestre aponta Monitor do G1

No Estado, foram registrados 646 casos este ano, contra 682 no ano passado.

O número de mortes violentas no Amazonas caiu 5,3% no primeiro semestre de 2023 na comparação com o mesmo período de 2022, no Amazonas, de acordo com o Monitor da Violência, do G1. O índice ficou acima da média nacional de 3,4%. No Estado, foram registrados 646 casos este ano, contra 682 no ano passado.

Segundo o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal, o País teve 19,7 mil assassinatos nos seis primeiros meses deste ano. O estado que registrou a maior baixa foi Roraima, com 22,5%.

Na contramão da tendência do país, dez estados tiveram altas nas mortes violentas: Acre, Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, SantaCtarina e Tocantins. O Amapá foi, disparado, o estado com maior aumento: 65,1%.

Os dados não incluem as mortes decorrentes de violência policial (leia mais sobre a metodologia no final desta reportagem). São contabilizadas no levantamento as vítimas dos seguintes crimes:

homicídios dolosos (incluindo os feminicídios);
latrocínios (roubos seguidos de morte);
lesões corporais seguidas de morte.

Em 2022, o Brasil teve uma queda de 1% no número de assassinatos, como apontou o levantamento exclusivo do Monitor da Violência. Foram 40,8 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública pelo segundo ano seguido.

Segundo especialistas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), embora a redução destes indicadores seja notícia que merece ser comemorada, seguimos como um país extremamente violento. Em média, foram quase 110 assassinatos por dia no último semestre.

“As taxas continuam elevadas, mas caso a redução se mantenha e a letalidade policial não cresça, o país pode fechar o ano com a menor quantidade de mortes intencionais violentas desde 2011”, aponta Bruno Paes Manso, jornalista e pesquisador do NEV-USP.

A queda gradual dos números pode ser explicada por um conjunto de fatores, incluindo: mudanças na dinâmica do mercado de drogas brasileiro; apaziguamento de conflitos entre facções e políticas públicas de segurança e sociais.

“A redução acumulada nos últimos cinco anos em diversos estados brasileiros pode indicar uma relativa estabilidade nas posições de poder das gangues regionais em seus territórios, que vem se assentando depois das disputas acirradas da última década”, diz Paes Manso.
Os dados apontam que todas as regiões do país tiveram queda nos assassinatos — com exceção do Sudeste. Foram 5.099 assassinatos no Sudeste no primeiro semestre deste ano — 212 mortes a mais que no mesmo período de 2022. O número representa aumento de 4,3%.

“É cedo para tecer afirmações definitivas, mas o fato de o Sudeste ser a única região que esteja indo na contramão da média nacional de queda nos crimes violentos letais intencionais sugere a necessidade de novos estudos acerca das realidades subnacionais”, aponta a análise de Samira Bueno e Renato Sérgio de Lima, diretores do FBSP.

Os dados do primeiro semestre de 2023 apontam que:

– houve 19,7 mil assassinatos nos primeiros seis meses deste ano, 693 mortes a menos que no mesmo período de 2022;
– 16 estados tiveram queda nos registros, e o DF ficou estável;
na contramão do país, 10 estados registraram alta nas mortes;
– Roraima teve a maior queda: 22,5%;
– Amapá teve o maior aumento nos crimes do país: 65,1%;
– todas as regiões do Brasil tiveram queda de assassinatos, com exceção do Sudeste.

Amazonas reduz números, mas ainda aparece como o 3º com maior taxa de mortes violentas intencionais, aponta Anuário