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Amazonas

Amazonas: mais de 2 milhões de pobres e 500 mil na extrema pobreza, diz IBGE

O IBGE considera pobres aquelas pessoas que vivem com US$ 5,50 PPC 2011/dia, ou cerca de R$ 486/mês.

Mais de dois milhões de pessoas no Amazonas viviam na pobreza em 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E mais de 505 mil pessoas se encontravam na extrema pobreza, vivendo com menos de R$ 155 por mês. Os números são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgados sexta-feira (03/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE.

Em situação de pobreza, com renda abaixo de R$ 450, são 44,5% da população do estado – em números absolutos, 1,79 milhões de pessoas. O IBGE considera pobres aquelas pessoas que vivem com US$ 5,50 por dia, ou cerca de R$ 486 por mês.

Segundo o órgão, apesar do crescimento no número de pessoas nessa situação, o Amazonas melhorou sua posição no ranking nacional. Isso porque outros unidades da federação tiveram crescimentos ainda maior na taxa de pobreza. O Maranhão passou de 48,3% para 57,5%; Pernambuco de 42,2% para 51,0%. O Amazonas está na quarta colocação.

Em Manaus, o aumento do número de pessoas vivendo na faixa da pobreza aumentou 8,1 pontos percentuais em relação a 2020, passando de 30,5% para 38,6%, incluindo mais 192 mil pessoas nessa linha.

De acordo com o IBGE, a pandemia da Covid-19 e o desemprego foram as principais causas do aumento nos números. Para o órgão, os programas sociais ajudam a reduzir o impacto, mas ainda precisam ser ampliados.

No Amazonas, a parcela da população em extrema pobreza atinge 12,5%, o segundo pior índice entre os 26 estados do Brasil e o Distrito Federal. O Maranhão, com 14,4% de sua população na extrema pobreza, tem o mais alto percentual do país.

Pela primeira vez na série de pesquisas, que começou em 2012, o IBGE avaliou o impacto dos programas sociais na incidência de pobreza e extrema pobreza no país. Em um cenário hipotético, sem o pagamento de benefícios, de 2012 a 2019, a proporção de pessoas nessas condições estaria num patamar pior.

O estudo conclui que sem o pagamento de benefícios, 56,6% da população do Amazonas estaria em situação de pobreza, e 26,1% em situação de extrema pobreza, em 2020.

A análise do índice Gini, indicador da desigualdade, aponta que, apesar de ter melhorado com relação aos estudos anteriores, o Amazonas é o segundo do ranking piores índices ou seja, com maior desigualdade da população.

Os ganhos médios da população preta ou parda evidenciam desigualdade racial na distribuição de renda. O rendimento domiciliar per capita médio da população preta ou parda no Amazonas em 2020, foi de somente 43,8% do rendimento alcançado pela população branca. Esse valor foi, em 2020, de R$ 629 para a população preta e parda e R$ 1.437 para a branca.

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