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Amazonas: mãe denuncia falta de preparo de enfermeiros na morte do filho de dois meses

A criança, em consequeência de um procedimento mal feito, acabou “broncoaspirando” e morreu, disse a mãe, acrescentando que os enfermeiros da Manaós sequer perceberam o erro que tinham cometido.

A mãe de Kelvin Souza, de 2 meses, Stefany Souza, informou que seu filho morreu dentro de uma unidade hospitalar da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam), em Manaus, em consequências de erros cometidos por enfermeiros intensivistas. Segundo ela, o filho adquiriu uma infeccão bacteriana que evoluiu para uma pneumonia, o que levou à sua transferência para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Foi quando, disse, a situação piorou, devido ao despreparado de enfermeiros, que são contratados pela empresa Manaós Serviços de Saúde Ltda.

Kelvin nasceu cum a Síndrome do Intestino Curto, que acaba causando uma má absorção de nutrientes no organismo, causada pelo mau funcionamento do intestino delgado. Ele lutava, pela vida desde o dia do nascimento e permaneceu internado na enfermaria do Instituto da Criança do Amazonas (Icam) para receber tratamento.

A criança, em consequência de um procedimento mal feito, acabou “broncoaspirando” e morreu, disse a mãe, acrescentando que os enfermeiros sequer perceberam o erro que tinham cometido. Broncoaspiração é a condição em que alimentos, líquidos, saliva ou vômito são aspirados pelas vias aéreas e pode matar o paciente por falta de ar.

A secretária executiva adjunta de Atenção Especializada à Saúde da Capital, da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam), Dayana Priscila Mejia de Souza, chamou de “péssima” a prestação dos serviços prestados e citou “desídia” e “inexperiência” dos profissionais da Manaós Serviços de Saúde Ltda. no Memorando 73/2019, de 17 de fevereiro de 2020, encaminhado ao secretário executivo da Susam, em que pediu a suspensão da entrada da Manaós e a manutenção do Instituto de Enfermeiros de Terapia Intensiva (Ieti) no atendimento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) das unidades de saúde do Estado.

A procuradora de Justiça do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) Noeme Tobias de Souza deu parecer favorável à suspensão do contrato do contrato da Secretaria de Saúde (Susam) com a Manaós Serviços de Saúde Ltda. até a conclusão da sindicância instaurada pela Susam para apurar denúncias de irregularidades nos plantões de enfermagem da empresa nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Instituto de Saúde da Criança do Amazonas (Icam) e do Hospital Infantil Dr. Fajardo.

A Manaós tem contrato de R$ 16,3 milhões (valor mensal de R$ 1,3 milhões) para serviços de enfermeiros especializados UTIs nas maternidades Ana Braga, Balbina Mestrinho, Azilda Marreiro e Nazira Daou, no Instituto da Mulher Dona Lindu, no Hospital Infantil Dr. Fajardo, Instituto da Criança do Amazonas (Icam), nos prontos socorros da Criança Zona Sul, Zona Oeste e Zona Leste, nos prontos socorros 28 de Agosto e Dr João Lúcio e Platão Araújo, na Coordenação Estadual de Transplantes e no Hospital Universitário Francisca Mendes.

O parecer do MP-AM foi dado em um Mandado de Segurança Cível impetrado pela Manaós contra ato do secretário da Susam, Rodrigo Tobias, que suspendeu o processo de contratação oriundo do
Pregão Eletrônico n.º 1015/2018-CGL, para a prestação de serviços de enfermagem intensiva hospitalar junto às UTIs da secretaria, em razão da ausência de comprovação dos títulos de capacidade técnica mínima exigida para prestar os serviços, conferidos aos enfermeiros por associação competente.

 

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