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Amazonas

Amazonas tem tendência de crescimento de SRAG a longo prazo, diz Fiocruz

Além do Amazonas, mais 17 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

O Amazonas e mais 17 unidades federativas apresentaram sinal de tendência de longo prazo no crescimento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país: Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

As informações fazem parte da nova edição do boletim semanal Infogripe, divulgado nesta 2ª feira (27.mar.2023) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que revela avanço do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país.

Análises laboratoriais indicam a covid-19 como a principal causa do crescimento entre adultos e idosos em 7 Estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O levantamento da Fiocruz traz análise das últimas 3 semanas (curto prazo) e das últimas 6 semanas (longo prazo). Os pesquisadores observaram um cenário de estabilidade em curto prazo na maior parte do país.

A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas. Considerando os dados nacionais, nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos de SRAG com diagnóstico positivo para infecção viral foi de 3% para influenza A; 3,3% para influenza B; 32,1% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 48,6% para o coronavírus causador da covid-19.

Considerando apenas as ocorrências que resultaram em morte, 83,3% estiveram relacionadas com a covid-19. Os registros associados ao coronavírus envolvem principalmente adultos e idosos. Mas o boletim também chama atenção para o crescimento no mês passado de casos de SRAG em crianças e adolescentes em decorrência de infecção por outros vírus.

Embora alguns Estados já registrem estabilização ou queda entre os adolescentes, ainda há uma cenário de aumento de ocorrências entre crianças pequenas, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul do país. Na Bahia, em Minas Gerais, no Paraná, em Santa Catarina e, em menor escala, em São Paulo, observa-se uma alta nos casos de rinovírus na faixa etária até 11 anos. Também é possível constatar em alguns Estados o aumento de ocorrências envolvendo crianças pequenas associadas ao VSR.

Ao todo, já foram registrados no país 27.528 casos de SRAG em 2023, dos quais pelo menos 9.676 (35,1%) estão ligados a alguma infecção viral. Outros 3.180 (11,6%) ainda estão sendo analisados. O boletim Infogripe considera as notificações registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por Estados e municípios. A nova edição, disponibilizada na íntegra no portal da Fiocruz, se baseia em dados inseridos até 13 de março.

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