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Amazonas

AM: Roberto Cidade diz que agirá como Josué Neto com relação a impeachment de Wilson Lima

Em julho de 2020, Josué Neto colocou em votação um dos pedidos de de impeachment do de Wilson Lima e do vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida (PTB).

O novo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Roberto Cidade (PV), disse, em entrevista, logo após sua posse, nesta segunda-feira (01/02) que a posição dele, com relação aos pedidos de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) será na mesma linha conduzida pelo seu antecessor no cargo, o deputado Josué Neto. Ele informou que há pedidos de impeachment recebidos e outros em avaliação na procuradoria da Casa e que, “em breve”, dará uma resposta sobre como vai proceder.

Em julho de 2020, Josué Neto colocou em votação um dos pedidos de de impeachment do de Wilson Lima e do vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida (PTB). Em agosto, o pedido foi arquivado pela maioria governista, dos deputados. O pedido foi derrotado por 12 votos a 6. Outros 5 deputados se abstiveram. Lima e seu vice eram investigados por suposto crime de responsabilidade e improbidade administrativa envolvendo o uso de recursos públicos para fraudes em contratos da Saúde firmados durante a pandemia da Covid-19.

Wilson Lima foi alvo de uma operação da Polícia Federal em 30 de junho de 2020. A operação Sangria apura a atuação de uma organização criminosa instalada no governo do Amazonas com o objetivo de desviar recursos públicos destinados a atender as necessidades da pandemia de covid-19.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), foram identificadas, com participação direta do governador, compras superfaturadas de respiradores, direcionamento na contratação de empresa, lavagem de dinheiro e montagem de processos para encobrir os crimes praticados.

Diálogo

Roberto Cidade disse que vai manter o diálogo com o governador, mas que a Assembleia vai atuar de forma independente. Disse que “aprendeu muito” com Josué Neto, a quem chamou de experiente e que pretende dar o suporte necessário para a atuação dos deputados, priorizando as demandas de combate à pandemia de Covid-19 e “ao lado do povo”.

Ele lembrou que foi eleito com 16 votos dos 24 deputados, contra o que chamou de “chapa do governo”. Disse que a sua eleição foi uma “vitória legítima”, que seguiu os ritos legais e que, ao contrário do que disseram os deputados governistas, “não foi um golpe, mas um contra-golpe”. E lembrou que, há 47 anos, os deputados estaduais do Amazonas não ganhavam uma eleição contra uma chapa apoiada pelo governador.

O deputado prometeu estar ao lado do povo e agradeceu ao presidente Jari Bolsonaro e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Disse que se não fosse a atuação do governo federal, haveria ainda mais perdas de vidas em consequência da pandemia no Estado.

Ele também disse que um deputado de primeiro mandado que chega a Presidência da Casa e prometeu “firmeza nas decisões” e que “não terá medo de agir na busca de entendimento”, mas que “ficará ao lado do povo”.

Veja o vídeo da coletiva de imprensa: