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Economia

Estudo diz que 88% dos jovens brasileiros querem emprego em economia verde

Na pesquisa da Accenture, a estimativa é de que sejam criados 22,5 milhões de empregos verdes nos próximos 10 anos.

Não é novidade para ninguém que as novas gerações têm um olhar diferente sobre o mercado de trabalho – e, não raro, priorizam o propósito por trás de uma carreira antes mesmo da remuneração ou estabilidade oferecidas por ela.

Mas, apesar de essa ser uma tendência observada no mundo todo, no Brasil, o nível de interesse dos jovens por trabalhar em companhias comprometidas com a construção de um futuro mais verde e inclusivo para a humanidade chama ainda mais atenção.

Para se ter ideia, de acordo com uma pesquisa da consultoria Accenture, 88% dos brasileiros que têm entre 15 e 39 anos “aspiraram a trabalhar na economia verde” nos próximos 10 anos. A nível de comparação, na Europa e nos Estados Unidos, esse percentual foi de 57% e 52%, respectivamente. Veja no gráfico abaixo.

“Enquanto bons salários, estabilidade e oportunidade continuam a ser motivadores, as pessoas jovens também estão à procura de companhias que ofereçam empregos verdes atraentes e demonstrem compromissos efetivos com a sustentabilidade ambiental”, diz um trecho do relatório.

A boa notícia é que, com a expansão do setor ESG no Brasil, salários altos e propósito passam a estar do mesmo lado da equação – fazendo com que o país se distancie cada vez mais da realidade em que era preciso escolher um em detrimento do outro.

A profissão do momento

De acordo com dados da consultoria britânica GlobalData, as vagas em ESG aumentaram 98% no último ano, passando de 531 postos em maio de 2021 para 1.049 em maio deste ano. Já na pesquisa da Accenture, a estimativa é de que sejam criados 22,5 milhões de empregos verdes nos próximos 10 anos.

Acontece que, apesar do número de pessoas interessadas em trabalhar na área – e da alta demanda das empresas por esse tipo de profissional – ainda há poucas pessoas capacitadas para preencher estas vagas. Para se ter ideia, em um levantamento realizado pelo CFA Institute, menos de 1% das 1 milhão de contas analisadas no LinkedIn tinha as habilidades necessárias para atuar na área.

O resultado dessa defasagem faz com que, numa verdadeira briga por talentos, as empresas ofereçam salários cada vez mais atrativos.

 


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