Amazonas
Deputado diz que pedirá ao TCE o cancelamento do pregão de R$ 17 milhões da Amazonastur para eventos
Wilker Barreto criticou o contrato milionário da Amazonastur “contrastando com a situação caótica nas unidades de saúde como, por exemplo, o atendimento de bebês doentes no chão do Hospital da Criança da Zona Sul”.
O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) anunciou nesta quarta-feira (08/06), durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE), que pedirá ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) o cancelamento do Pregão Presencial nº 005/2022, celebrado pelo Governo do Estado via Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), que pretende gastar R$ 17,28 milhões com estandes para exposições, feiras e eventos, além de atrações artísticas.
Na última terça-feira (/07/06) Barreto criticou a falta de prioridades do Governo do Amazonas em solucionar os problemas da Saúde no Estado e o contrato milionário da Amazonastur “contrastando com a situação caótica nas unidades de saúde como, por exemplo, o atendimento de bebês doentes no chão do Hospital da Criança da Zona Sul, no bairro Cachoeirinha, em Manaus.
Em seu pronunciamento, Wilker afirmou que o intuito de acionar o órgão de controle visa evitar o gasto do Executivo estadual com a “contratação de empresa especializada em organização, coordenação e gerenciamento de estandes em feiras, exposições e eventos, com a prestação de serviços em logística integrada, contratação de atrações artísticas, clipagem em diversos formatos, envolvida desde a pré-produção, produção e pós-produção, no Brasil e no Exterior”, conforme pregão publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 27 de maio deste ano, que teve como vencedora a OP Publicidade e Eventos Ltda, única empresa a participar do certame.
“Estou ingressando hoje com uma cautelar no Tribunal de Contas pedindo a suspensão desse pregão. Esse governo pretende gastar R$ 17 milhões para eventos, enquanto procedimentos de cateterismo e angioplastia estão sendo adiados no Francisca Mendes por falta de material, enfermeiras e técnicas de enfermagem não estão recebendo há três meses, serviços gerais com cinco meses de atraso salarial, crianças sendo atendidas no chão de hospital… A saúde do Amazonas está na UTI e o governador ignora o colapso”, ponderou Barreto.
Além da homologação, o Governo publicou em seu Diário Oficial do dia 31 de maio o Extrato da Ata de Registro de Preço, com valor global de R$ 17.280.000,00 milhões, divididos no Lote 01 (R$ 4.900.000,00) e Lote 02 (R$ 12.380.000,00), portanto, a medida indica que o contrato celebrado pela Amazonastur será executado.
“Como é que posso concordar com um governo que gasta com supérfluos? Eu venho ao longo de três anos e meio de mandato criticando as tomadas de decisões deste governo, pois o meu intuito é evitar o gasto, porque quando se gasta, Inês é morta. O dinheiro do contribuinte está indo para o ralo”, finalizou Barreto.
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