Brasil
‘Qualquer estagiário arquivaria relatório de CPI’, diz senador Flávio Bolsonaro
O congressista disse ainda que entrará, “nos próximos dias”, com uma representação no Ministério Público Federal
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que “qualquer estagiário” arquivaria o relatório da CPI da Covid elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). A fala foi dada ao chegar pela manhã na sessão que votará o texto final do colegiado hoje.
“Tenho a convicção de que, assim que (o relatório) for analisado juridicamente por qualquer estagiário em direito, onde quer que for parar esse relatório, ele será arquivado”, disse o senador, ao também afirmar que a CPI não teria competência para investigar o presidente da República.
O congressista disse ainda que entrará, “nos próximos dias”, com uma representação no MPF (Ministério Público Federal) contra Renan Calheiros pelos “mais de 20 crimes” que teria cometido na CPI. Flávio Bolsonaro acusa o relator de ter cometido várias irregularidades por “abuso de autoridade”.
“Se um delegado de polícia fizesse a oitiva de um traficante de drogas dentro da sua delegacia da forma como os depoentes foram tratados aqui na CPI, este delegado estaria preso, no mínimo, por ameaça e tortura psicológica”, afirmou.
“(Trata-se de) um relatório político, que nada beneficiou a população brasileira e que aponta como maior escândalo de corrupção uma vacina que sequer foi comprada”, declarou, em referência à tentativa do governo em adquirir a vacina Covaxin —o negócio está permeado por uma série de suspeitas de irregularidades.
O documento aponta o presidente Jair Bolsonaro como um dos principais responsáveis pelo agravamento da pandemia no Brasil e recomenda que ele seja indiciado por dez crimes.
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