Brasil
Desfile de tanques de guerra no dia da votação do voto impresso terá participação de Bolsonaro
Desfile de veículos blindados e armamentos ocorre no mesmo dia em que plenário da Câmara vota a PEC do voto impresso.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai receber nesta terça-feira (10/8) militares que participarão de um desfile em Brasília de veículos blindados, armamentos e outros equipamentos da Força de Fuzileiros da Esquadra. Segundo a Marinha, o comboio partiu do Rio de Janeiro e passará pela capital federal, a caminho do Campo de Instrução de Formosa (CIF).
Ao passar pelo Palácio do Planalto, serão entregues convites ao presidente Bolsonaro e ao ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, para comparecerem à Demonstração Operativa, que ocorrerá no dia 16 de agosto, em Formosa.
A Operação Formosa é o maior treinamento militar da Marinha no Planalto Central. Este ano, a operação vai contar também com a participação do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira. Serão mais de 2,5 mil militares das três Forças. Apesar de ocorrer anualmente desde 1998, é a primeira vez que os tanques passarão pelo centro de Brasília.
O desfile vai ocorrer no mesmo dia em que está agendada a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso no plenário da Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), atende aos apelos tanto da oposição quanto do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que almejam retirar o assunto da pauta da Casa o mais rapidamente possível, para que os deputados possam se preocupar com matérias consideradas mais importantes.
O assunto será tratado em um almoço com lideres partidários marcado para esta segunda-feira (9/8). A maioria dos líderes é a favor de que a proposta possa ter uma definição o quanto antes.
Ainda na sexta-feira (6/7), logo após o anúncio feito por Lira de que levaria a proposta ao plenário, apesar de o parecer favorável ter sido derrotado na comissão especial, Ramos fez um apelo público ao presidente da Casa, pedindo pressa para que a votação ocorra.
Líderes de vários partidos vêm fechando posição contrária à matéria, que tem motivado, inclusive, ataques de Bolsonaro a membros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, ao ministro Luís Roberto Barroso, que é um dos defensores do atual sistema eletrônico de votação.
Para ser aprovada, a PEC, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), terá de obter o apoio de três quintos dos parlamentares, ou seja, no mínimo 308 deputados, em dois turnos de votação. Depois disso, precisará ser apreciada pelo Senado e conseguir, no mínimo, 49 votos, também em dois turnos de votação.
A informação é do site Metrópoles.
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