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Para evitar lockdowns, Ministério da Saúde quer ação nacional contra aglomeração em transporte público

O objetivo do MInistério da Saúde é encontrar alternativas para que não haja aglomerações nos deslocamentos e, assim, evitar medidas restritivas mais duras.

Para evitar superlotação, alguns estados em lockdown decidiram tirar ônibus de circulação. (Foto:Rivaldo Gomes/Folhapress)

O Ministério da Saúde avisou gestores que vai tentar formular uma série de orientações para padronizar nacionalmente o combate contra a Covid-19. A ideia é buscar consenso com estados. O transporte público será um dos pontos principais dessa tentativa de uniformização, que será inédita se sair do papel, um ano após o início da pandemia.

O objetivo é encontrar alternativas para que não haja aglomerações nos deslocamentos e, assim, evitar medidas restritivas mais duras. Na semana passada, Marcelo Queiroga (Saúde) se reuniu com o ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) para debater o tema. Alguns estados em lockdown decidiram tirar ônibus de circulação. No entendimento do governo, essa situação pode ser evitada se houver alguma saída para garantir que as pessoas se desloquem sem aglomerar.

Apesar de o tema ser sensível, um dos principais pontos de atrito entre Jair Bolsonaro e governadores, por envolver a questão de fechar ou não as cidades, a discussão tem sido bem vista por secretários de Saúde. Eles dizem que o ministro tem tentado despolitizar o ambiente.

Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum de Governadores, disse que ainda não foi procurado pelo ministro para debater o assunto, mas que apoia. “Ou a gente proíbe ou libera, o meio termo não resolve porque se reduzir a frota, aumenta a aglomeração”, diz ele.

O Ministério da Infraestrutura diz que está à disposição para atender às recomendações a serem formuladas pela Saúde e que a articulação deverá se dar pelo Consetrans (Conselho Nacional de Secretários de Transportes). “Seria um canal direto para pautar junto aos estados essa padronização das orientações determinadas pela Saúde, que é hoje o mais importante a se fazer e tem sido bem cobrado”, afirmou o ministério em nota.


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