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Amazonas

Acusado de comandar ilícitos, Wilson Lima afirma que está “tranquilo e quer fatos esclarecidos”

Governador do Amazonas disse que “em nenhum momento, houve qualquer determinação para prática ilegal, para corrupção ou qualquer coisa nesse sentido”.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse que é o principal interessado na apuração dos fatos relacionados à investigação objeto da Operação Sangria, realizada pela Polícia Federal (PF) na manhã de terça-feira, em Manaus, que investiga desvios milionários na área de saúde do Amazonas, e que realizada na manhã desta terça-feira.

De acordo com a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo que requereu as medidas cautelares da Operação Sangria, “os fatos ilícitos investigados têm sido praticados sob o comando e orientação do governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, o qual detém o domínio completo e final não apenas dos atos relativos à aquisição de respiradores para enfrentamento da pandemia, mas também de todas as demais ações governamentais relacionadas à questão, no bojo das quais atos ilícitos têm sido praticados”, destaca Lindôra Araújo.

Segundo Lindôra Araújo as investigações permitiram, até o momento, “evidenciar que se está diante da atuação de uma verdadeira organização criminosa que, instalada nas estruturas estatais do governo do estado do Amazonas, serve-se da situação de calamidade provocada pela pandemia de Covid-19 para obter ganhos financeiros ilícitos, em prejuízo do erário e do atendimento adequado à saúde da população”.

“Hoje eu fui surpreendido com uma operação aqui em Manaus, quando estava em Brasília cumprindo uma agenda oficial. Apesar de surpreso, eu acho importante, para esclarecer esses fatos. E eu, enquanto governador, sou o principal interessado de que isso seja efetivamente apurado”, afirmou o governador, em vídeo postado em suas redes sociais. Segundo ele, “não houve determinação para qualquer prática ilegal”.

“Durante o pico da pandemia, a minha determinação era para que se salvassem vidas, e aí havia necessidade de celeridade nos processos para aquisição de materiais para o combate ao coronavírus. E, em nenhum momento, houve qualquer determinação para prática ilegal, para corrupção ou qualquer coisa nesse sentido”, afirmou.

O governador disse que espera ter os fatos esclarecidos o mais breve possível. “Eu estou absolutamente tranquilo e na certeza de que esses fatos serão logo esclarecidos”, afirmou.

A TV Globo informou que Wilson Lima (PSC) não quis fornecer a senha de dois celulares apreendidos na Operação Sangria. Ele foi alvo de busca e apreensão determinada pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele estava em Brasília quando os mandados foram cumpridos. A Polícia Federal chegou a pedir a prisão do governador, mas o ministro negou.

Operação Sangria: subprocuradora da República diz que governador Wilson Lima comanda ilícitos na Saúde

 


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