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Pesquisa em redes sociais mostra que ataque dos EUA ao Irã gera apreensão global com possível guerra nuclear

Há um lamento amplo pela escalada do conflito, com posts que ressaltam o episódio como mais um elemento a desestabilizar as dinâmicas sociais e políticas do mundo.

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Os ataques dos EUA contra instalações nucleares no Irã, na madrugada de domingo (noite de sábado no Brasil), geraram apreensão global, somando mais de 26 milhões de posts e quase 160 milhões de interações em menos de 24 horas em diferentes plataformas de mídias sociais no mundo.

A repercussão em português é marcada por grande alarmismo e apreensão com as possíveis consequências da entrada dos Estados Unidos no conflito. Há, de maneira geral um tom noticioso, com o acompanhamento em tempo real de ações militares e declarações de lideranças globais.

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Duas principais narrativas se destacam:

Há um lamento amplo pela escalada do conflito, com posts que ressaltam o episódio como mais um elemento a desestabilizar as dinâmicas sociais e políticas do mundo – e no dia a dia das pessoas. Recorrentemente se usa o humor como elemento para ressaltar essa perspectiva. Posts contrários aos Estados Unidos também se destacam, mas chama a atenção a baixa visibilidade de lideranças políticas de esquerda entre os principais perfis;

Do lado da direita, há o movimento de adesão à perspectiva de Donald Trump a partir da associação do regime iraniano com o terrorismo. Diferente do campo da esquerda, lideranças políticas da direita são relevantes nesse debate, com destaque para o vereador Lucas Pavanato (PL-SP) e influenciadores como Ana Paula Henkel. Apesar de adotar tom menos explícito, Tarcísio de Freitas teve o 7º principal post sobre o tema no Instagram.

O debate em inglês

O debate em inglês representou 73% das menções globais ao conflito. Diferente do debate em português, há uma clara predominância de posts críticos a Donald Trump no X. Dos 10 posts com mais interações sobre o tema na plataforma, 9 fizeram críticas à ofensiva dos EUA, com destaque para publicações de parlamentares como Alexandria Ocasio-Cortez. O único post favorável foi feito pelo senador republicano John Fetterman, replicando o post de Donald Trump.

É interessante notar a presença de posts que rogam pelo impeachment de Trump, entre os que obtiveram maior repercussão, apontando para um aumento da política interna dos Estados Unidos nas próximas semanas.

O debate em outros idiomas representou 24% das menções globais ao conflito, somando mais de 6 milhões de publicações e 45 milhões de interações. Entre os posts com maior destaque, está a publicação do presidente do Chile, Gabriel Boric, condenando o ataque. Assim como o debate em português, as críticas à ofensiva de Donald Trump são mobilizadas e partir de recursos de humor. O levantamento foi realizado por Marco Aurélio Ruediger,  diretor Escola de Comunicação da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Victor Piaia, professor da Escola de Comunicação da FGV.

 


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