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Área sob alertas de desmatamento na Amazônia aumentou 91% em maio, atingindo 960 km², aponta Inpe

No Amazonas, o desmatamento subiu 22% (de 117 km² para 143 km²), enquanto no Pará houve variação de 5% (de 138 km² para 145 km²).

A área sob alertas de desmatamento na Amazônia aumentou 91% em maio, atingindo 960 km², de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número é o segundo pior da série histórica para o mês, atrás apenas de maio de 2021 (1.390 km²).

A alta acende um sinal de alerta para o índice oficial de desmatamento de 2025, que será calculado com base no período de agosto de 2024 a julho deste ano. Nos últimos dez meses, o acumulado já aponta crescimento de 9,7% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior: foram 3.502 km², contra 3.191 km².

A tendência de alta tem sido contínua. Em abril, o sistema Deter já havia registrado crescimento de 55% nos alertas. O Deter emite sinais diários para apoiar a fiscalização, enquanto a taxa oficial é medida pelo Prodes, também do Inpe, com imagens mais precisas.

Entre os estados, o maior crescimento foi registrado em Mato Grosso, com 237% de alta (de 186 km² para 627 km²). A prática conhecida como “correntão”, usada para limpar grandes áreas com rapidez, é um dos fatores associados ao avanço do desmatamento no estado.

No Amazonas, o desmatamento subiu 22% (de 117 km² para 143 km²), enquanto no Pará houve variação de 5% (de 138 km² para 145 km²). Em abril, o Ibama embargou mais de 70 mil hectares em 5 mil propriedades na Amazônia – a maior operação remota já realizada pelo órgão.

No Cerrado, o ritmo do desmatamento caiu em maio: foram 885 km², uma redução de 15% em relação a maio de 2024. No acumulado de agosto a maio, o bioma registra queda de 22% (de 5.908 km² para 4.583 km²).


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