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Amazonas

Fiocruz emite alerta de quadros graves de gripe e Covid para 25 estados, incluindo o Amazonas

Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já notificou mais de 80 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

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Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza A e por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) continuam aumentando no país, de acordo com o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (5). Apenas dois estados, Piauí e o Mato Grosso do Sul, não estão em alerta de risco para crescimento para ocorrências graves de infecções respiratórias.

Em 2025, já foram notificados 83.928 casos de SRAG. Desses casos, cerca de metade (41.455) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório e 29.563 negativos. Outros 7.334 aguardam os resultados laboratoriais.

Entre os casos positivos são:

45% de VSR
22,8% de rinovírus
22,7% de influenza A
11,1% de Covid-19
1,2% de influenza B

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi:

47,3% de VSR
38,9% de influenza A
15,9% de rinovírus
1,7% de Covid-19
0,9% de influenza B

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos e no mesmo período de tempo foi de 73,4% de influenza A, 1,3% de influenza B, 12,8% de VSR, 10,4% de rinovírus, e 5,1% de Sars-CoV-2.

Os óbitos por SRAG foram semelhantes entre crianças e idoso. Nas crianças, a maioria das mortes é devido ao rinovírus e influenza A. Já nos idosos, a alta da mortalidade é associada apenas à influenza A. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 22, de 25 a 31 de maio.

“Os dados laboratoriais por faixa etária indicam que a influenza A é responsável pelo aumento das hospitalizações por SRAG entre idosos a partir dos 65+ anos e adultos e jovens a partir dos 15 anos”, diz  Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe.

O SRAG, associado a influenza A, atingiu níveis de incidência de moderado a muito alto na maioria dos estados da região Centro-Sul, e em alguns estados do Norte e do Nordeste, na faixa etária de jovens, adultos e idosos.

“No entanto, já se verificam sinais de queda desses casos em Mato Grosso do Sul, e interrupção do crescimento no Ceará, Pará e Tocantins, embora ainda em patamares elevados de incidência”, informa Portella.

Em relação às ocorrências de SRAG em crianças, estados das regiões Centro-Sul e Norte e o Ceará, começaram a registrar interrupção do aumento. Os patamares de incidência seguem elevados nessas regiões.

Os casos de SRAG em crianças de até quatro anos é impulsionado pelo VSR. “Porém, o rinovírus e a influenza A também têm contribuído para o aumento dos casos de SRAG nessa faixa etária e em adolescentes de até 14 anos”, disse Tatiana Portella.

Situação por estado

O boletim mostra que 25 estados apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento a longo prazo. Apenas o Piauí e o Mato Grosso do Sul não aparecem na lista.

Em relação às capitais, 15 cidades apresentam atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento de SRAG a longo prazo, são ela:

Aracaju (SE)
Belo Horizonte (MG)
Boa Vista (RR)
Cuiabá (MG)
Curitiba (PR)
Florianópolis (SC)
Goiânia (GO)
João Pessoa (PB)
Maceió (AL)
Porto Alegre (RS)
Rio Branco (AC)
Rio De Janeiro (RJ)
Salvador (BA)
São Luís (MA)
São Paulo (SP)


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