Brasil
Plataforma de conteúdo cultural chega 100% focada em produções da Amazônia
Sommos Amazônia promete reunir filmes, livros, séries, músicas, artes visuais e até culinária originária da região amazônica.

Apresentar o Brasil para o Brasil. Esta é a proposta da Sommos Amazônia, uma plataforma de conteúdo inédita que reúne streaming, livros, arte e e-commerce, inteiramente dedicada à distribuição digital dos conteúdos culturais da Amazônia. Com lançamento marcado para esta segunda-feira (07/04), a plataforma pretende ser um holofote para os produtos artísticos e criativos desenvolvidos e idealizados na região da Floresta Amazônica, e chega no mesmo ano em Belém sedia a COP 30, a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
“Nossa ideia é proteger a Amazônia a partir da percepção da escassez de espaço nas mídias nacionais e internacionais para a produção cultural da região”, explicou ao Estadão o CEO e fundador Alexandre Agra. “Mas partimos também da percepção que só se pode proteger o que se conhece. Queremos promover a distribuição e difusão de conhecimentos sobre a região.”
Ele também ressalta que a escolha da região como foco do projeto foi feita antes de a COP 30 ser anunciada no Brasil, e que, claro, ela trará visibilidade, mas a ideia é ir além.
Já no primeiro momento da plataforma, estarão disponíveis 300 filmes, 30.000 músicas, 2.500 livros, mais de 750 obras artísticas e um glossário de alimentos e ingredientes regionais composto por 330 verbetes. Obras como Amazonas – O Maior Rio do Mundo (1992), de Silvino Santos, Brincando nos Campos do Senhor (1991), de Hector Babenco, e lançamentos recentes como a série Olhares do Norte, produzida no Pará, integram o catálogo do serviço, cuja assinatura custa R$ 9,90 mensais.
Para os idealizadores do projeto, reposicionar a Amazônia no mercado global da economia criativa tem relação direta com a necessidade de tornar produções brasileiras mais acessíveis ao próprio público do próprio País. A proposta, a médio e longo prazo, é contemplar os outros países que compõem a Pan-Amazônia e aprofundar a curadoria para abraçar de forma mais ampla possível a diversidade da região.
A plataforma é dividida em sessões como filmes e séries, música, artes visuais, alimentação e loja, e cada uma delas oferece uma gama de opções de entretenimento e conhecimento geradas na região amazônica. Na parte musical, por exemplo, é possível escutar clássicos de gêneros variados, do tecnobrega ao indie amazônico e até cantos indígenas.
Já na parte de livros há destaques como Dois Irmãos, de Milton Hatoum, Amazônia Colônia do Brasil, de Violeta Loureiro, Sob os Tempos do Equinócio, de Eduardo Góes Neves, e Faz Escuro Mas eu Canto, de Thiago de Mello. Na loja virtual serão vendidos desde artesanatos a ingredientes alimentícios. A renda será distribuída a toda a cadeia produtiva.
Mas ocupar este espaço significa também concorrer com grandes empresas, plataformas de streaming internacionais que ocupam uma grande parcela do mercado e, na maioria das vezes, com uma parcela mínima de séries, filmes e músicas locais.
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