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Brasil

Jovens de famílias pobres têm 3,4 vezes menos chances de acessar o ensino superior em relação aos de famílias ricas, aponta estudo

Levantamento da PUCRS revela a disparidade de oportunidades de educação entre jovens de diferentes classes sociais, com uma diferença média de R$ 3.495

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A probabilidade de ingresso no ensino superior para jovens das famílias mais pobres era 3,4 vezes maior do que os das mais ricas em 2022. Essa é a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que analisou a probabilidade de jovens de 18 a 24 anos, com o ensino médio completo, ingressarem na graduação.

O estudo comparou os dados de jovens de duas faixas de renda: os 20% mais ricos e os 20% mais pobres da população brasileira. Em 2022, a média de renda per capita das famílias mais pobres foi de R$ 267 por mês, enquanto as famílias das classes mais altas registraram uma média de R$ 3.762.

O estudo, publicado na revista acadêmica Dados, usa informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como base e traz resultados desde 1992. Um dos destaques é o aumento do número de graduados no Brasil nos últimos anos. Em 2000, apenas 6,8% da população de 25 anos ou mais possuía diploma de ensino superior. Em 2022, esse número subiu para 18,4%.

Após um período de crescimento do acesso nas décadas de 1990 e 2000, a disparidade de oportunidades voltou a crescer nos últimos anos. Segundo a pesquisa, em 2004, os jovens das famílias mais ricas tinham 4,2 vezes mais chances de ingressar na universidade do que os mais pobres. Esse número caiu para 2,5 vezes em 2012, mas voltou a aumentar, atingindo 3,4 vezes em 2022.

Outra variável analisada no estudo é a escolaridade da família. Em 2003, jovens com pais que possuíam ensino superior tinham 3,9 vezes mais chances de ingressar no ensino superior em comparação com aqueles cujos responsáveis tinham apenas os anos iniciais do ensino fundamental.

Embora essa disparidade tenha diminuído ao longo dos anos, alcançando 2,4 vezes em 2014, ela voltou a aumentar, atingindo 2,9 vezes em 2022.

Com informações do site Extra


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