Brasil
Mais de 10 milhões de CPFs no Brasil são suspeitos de participação em golpes, mostram dados da Febraban
Maioria dos documentos utilizados pertence a jovens de 18 a 25 anos, que, em grande parte, possuem várias contas abertas simultaneamente.
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Foto: Divulgação
Mais de 10 milhões de CPFs são suspeitos de envolvimento em golpes no país, atuando como contas laranja, segundo um relatório encomendado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e realizado pela Quod. De acordo com o levantamento, a maioria dos documentos utilizados pertence a jovens de 18 a 25 anos, que, em grande parte, possuem várias contas abertas simultaneamente.
O relatório aponta que as capitais Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza lideram a abertura desse tipo de conta. No entanto, cidades menores também aparecem no levantamento, com destaque para o aumento da incidência de aberturas suspeitas em Imperatriz do Maranhão, onde houve um aumento de 40%, Mogi das Cruzes, com 29% e São Gonçalo com 28%.
Danilo Coelho, diretor de produtos e dados da Quod, explica que as contas laranjas são contas bancárias informais ou não declaradas, frequentemente associadas a práticas ilegais, como evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Elas são utilizadas para realizar transações financeiras com o objetivo de dificultar a detecção por autoridades fiscais. Em alguns casos, o termo também se refere a contas abertas em nome de terceiros para ocultar o verdadeiro beneficiário econômico. De acordo com Coelho, a inteligência de dados tem possibilitado a identificação de padrões:
— Com inteligência de dados e machine learning, conseguimos identificar padrões e mapear com maior precisão onde há maior incidência de CPFs suspeitos e qual o perfil do fraudador. Com isso, podemos gerar conhecimento sobre esse universo, viabilizando a solução de problemas práticos do dia a dia e adotando precauções para evitar prejuízos e danos — diz.
O diretor de produtos e dados da Quod ressalta que a evolução desse tipo de fraude envolve a reutilização de contas antigas e estratégias de longo prazo.
— A evolução das fraudes em contas laranjas também indica uma tendência de aliciamento de contas antigas e de planejamento a longo prazo. Com isso em vista, a tecnologia é capaz de apontar operações suspeitas, além de aprender e indicar comportamentos que podem alertar para uma futura fraude — explica Danilo.
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