Amazonas
Estudo do Unicef aponta o Amazonas como 2º estado com maior índice de insegurança alimentar de crianças e adolescentes
Entre 2018 e 2023, o índice de crianças e adolescentes com alguma privação, no Amazonas, caiu 10 pontos percentuais, de 88,6% para 78,7%, São 1.092.000 de pessoas, nessa situação, de acordo com o Unicef.
A taxa da insegurança alimentar em meio a crianças e adolescentes de zero a 17 anos no Amazonas caiu de 77,8%, em 2018, para 54,2%, em 2023, voltando ao nível de 2013 (55,4%). Entre 2018 e 2023, o Estado saiu do 1º para o 2º lugar no ranking dos Estados, ficando atrás apenas do Pará, de acordo com o estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na quinta-feira (16/01). Veja aqui a íntegra do documento.
Entre 2018 e 2023, o índice de crianças e adolescentes com alguma privação, no Amazonas, caiu 10 pontos percentuais, de 88,6% para 78,7%, São 1.092.000 de pessoas, nessa situação, de acordo com o Unicef. Nesta categoria, o Estado ficou em 9º lugar no ranking.
O estudo apresenta a evolução da insegurança alimentar em meio a crianças e adolescentes de zero a 17 anos no Brasil, distribuída por estados, nos anos 2013, 2018 e 2023. E constata uma “preocupante escalada na insegurança alimentar entre 2013 e 2018 em todos os estados brasileiros, com percentuais substancialmente mais elevados”. Em 2013, a maior parte dos estados apresentava taxas moderadas, com poucas exceções: estados como Maranhão (71,3%) e Piauí (65,5%), que registravam taxas elevadíssimas. No entanto, em 2018 o panorama agravou-se consideravelmente, com vários estados – especialmente nas regiões Norte e Nordeste, como Amazonas, Pará e Amapá – , registrando taxas acima de 70%.
Os resultados nacionais do estudo mostram que, entre 2017 e 2019, o percentual de crianças e adolescentes de zero a 17 anos de idade com alguma privação caiu lentamente – de 62,5% para 59,5% –, enquanto aqueles de nove a 17 anos de idade tiveram uma queda relativamente mais rápida – de 66,5% para 61,9%. Em 2023, no entanto, as reduções tiveram ritmo semelhante, com crianças e adolescentes de zero a 17 anos de idade registrando queda para 55,9% (diferença de 3,6 pontos percentuais), enquanto para aqueles de faixa etária mais alta o percentual caiu para 57,5% (diferença de 3,4 pontos percentuais).
A redução média do período pré-pandemia ficou abaixo de um ponto percentual por ano em relação ao período anterior. Em relação a privações extremas, no período mais recente o cenário é relativamente mais positivo. Entre 2017 e 2019, o percentual de crianças e adolescentes permaneceu praticamente inalterado para ambas as faixas etárias. E entre 2019 e 2023, a taxa de privação extrema caiu de 23,9% para 18,8% para a faixa etária ampla (0 a 17 anos), enquanto para a faixa etária mais restrita (nove a 17 anos) esse percentual caiu de 24,8% para 19,8%.
O estudo mostra grande diferença regional relativamente à pobreza multidimensional. Destaca-se que, mesmo em 2023, em seis dos 27 Estados, mais de 80% das crianças estavam privadas de qualquer um de seus direitos fundamentais. Todos esses estados estão nas regiões Norte (Pará, Rondônia, Amapá e Acre) e Nordeste (Maranhão e Piauí). Por outro lado, o percentual de privação das crianças somente fica abaixo de 40% em dois estados do Sudeste e no Distrito Federal.
Tanto em 2019 quanto em 2023, as taxas de privação ainda variavam consideravelmente entre os estados, com algumas Unidades do Norte e do Nordeste exibindo taxas significativamente elevadas. Em contraste, estados do Sul e do Sudeste apresentam percentuais mais baixos, ainda que em menor grau quando incluída a dimensão Renda. Essas diferenças ressaltam as disparidades regionais em termos de acesso a serviços essenciais, como saúde e educação, e aqueles relacionados a infraestrutura.
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