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Economia

Turismo deve movimentar R$ 155 bilhões na alta temporada, diz CNC

Expectativa é de que o setor possa gerar 85 mil novos empregos

O setor de turismo brasileiro deve faturar R$ 155,87 bilhões e gerar 85 mil novos empregos temporários nesta alta temporada, que se estende de novembro deste ano a fevereiro de 2024, calculou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmado, o volume financeiro será recorde na série histórica iniciada em 2012, representando um aumento real de 5,6% em relação à temporada passada.

Segundo a CNC, o avanço na renda real dos trabalhadores ocupados, a redução dos juros ao consumidor e a trégua da inflação, com estabilização de preços, ajudam a explicar a previsão de crescimento para o turismo.

“Os números refletem o crescimento sólido que o setor vem experimentando. A expectativa de aumento real demonstra a resiliência do turismo diante dos desafios enfrentados nos últimos anos”, resumiu o economista Fabio Bentes, responsável pela pesquisa da CNC, em nota oficial.
Um dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19, o turismo encolheu 36,7% em 2020, mas voltou a crescer gradativamente em 2021, com alta de 22,2%, e 2022, aumento de 39,9%.
No acumulado de janeiro a setembro de 2023, o faturamento real do setor avançou 7,9%, de acordo com informações da Pesquisa Mensal de Serviços, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação média do preço das atividades turísticas saiu de 16,1% em 2020 para 4,6% neste ano, acrescentou a CNC.
“Após a eliminação de 469,8 mil postos formais nos sete primeiros meses de 2020 por conta da pandemia, o mercado de trabalho no turismo começou uma recuperação gradual. Desde então, foram criadas 612 mil novas vagas.
Para esta alta temporada, a CNC estima a criação de 85.795 postos, o maior volume desde 2014″, apontou Bentes, no estudo.
O estudo lembra que o turismo brasileiro totaliza atualmente 3,39 milhões de trabalhadores formais, o que significa 5,5% mais vagas do que havia às vésperas da crise sanitária.
O segmento de alimentação deve concentrar a maior parcela das contratações temporárias, com mais de 45 mil postos gerados, seguido pelos transportes em geral, com cerca de 20 mil vagas, e hospedagem, com 9 mil vagas. O salário médio de admissão será de R$ 1.930, alta real de 1,8% em relação a igual período do ano anterior, calculou Bentes.

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