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Economia

PMEs recebem 365 tentativas de ciberataque por minuto no Brasil

Especialistas orientam pequenos e médios empresários sobre como evitar a ação das quadrilhas que agem na internet

A Febraban diz que as instituições investem, anualmente, cerca de R$ 25,7 bilhões em tecnologia, dos quais 10% são voltados à cibersegurança – Foto: Reprodução

Ao analisar as principais famílias de malware bloqueadas pelas tecnologias da empresa, os especialistas da Kaspersky verificaram que a pirataria está presente em oito dos top 18 malware mais ativos nas tentativas de ataque contra pequenas e médias empresas. Essa verificação destaca dois problemas de segurança.

O primeiro é a exposição dessas organizações a ciberataques que exploram vulnerabilidades nos programas e sistemas operacionais sem correção, já que programas ilegais não são atualizados. O outro é a oportunidade de infecção no momento do download e instalação desses softwares, pois é muito comum que o malware esteja no pacote de instalação.

Ao total, a empresa de cibersegurança registrou 192 milhões de tentativas de ataques contra PMEs entre outubro de 2022 e outubro de 2023 — uma média de 526 mil bloqueios diários ou 365 detecções por minuto. Ao analisar os resultados em um gráfico mensal, há uma tendência clara de crescimento dos ciberataques.

O Brasil é um dos países mais atacados por phishing no mundo, portanto as PMEs também sofrem desse mesmo mal. O recente levantamento da empresa verificou que essas organizações receberam 40 milhões de tentativas de ataque de mensagens falsas — ou 105 bloqueios por minuto — nos últimos 12 meses. Destacam-se nessa modalidade os links falsos enviados por WhatsApp e as mensagens com temas financeiros com o objetivo de roubo de credencial do Internet Banking.

“Precisamos acabar com o mito de que pequenas e médias empresas não são alvos do cibercrime. Esse pensamento está errado, é um complexo do vira-lata. Basta comparar a movimentação financeira de qualquer empreendimento com uma pessoa comum para verificar as PMEs são lucrativas para os criminosos. Outra preocupação é que elas são tão negligentes com a cibersegurança quanto internautas comuns, devido ao uso da pirataria – o que aumenta muito a chance de um ataque ser bem-sucedido”, afirma Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.


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