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Economia

Brasil perdeu R$ 410 bilhões com produtos falsificados em 2022, mostram dados do Instituto Ipec

Os dados foram apurados pelo Instituto Ipec e o Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).

Bebida falsificada está no topo da lista. (Foto:Reprodução)

O Brasil teve um prejuízo de R$ 410 bilhões no ano passado com produtos piratas. O montante corresponde à soma das perdas registradas por 14 setores da indústria — como combustíveis, bebidas e moda — e à estimativa de impostos sonegados com as falsificações.

Os dados foram apurados pelo Instituto Ipec e o Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP). Para Edson Vismona, presidente do Fórum, a alta carga tributária brasileira que incide sobre o consumo é determinante para a escolha do consumidor.

— Se o produto legal fica mais caro por causa do aumento de impostos, isso vai favorecer a ilegalidade, que não paga imposto e tem benefícios com qualquer aumento de carga tributária. É uma relação direta, imediata e um alerta absolutamente necessário — analisa.

De acordo com o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), a evasão fiscal no setor, em 2020, (últimos dados coletados) foi estimada em até R$ 220 bilhões de reais. Do total, 22% veio de transações feitas por canais digitais.

Até o final de 2023, o setor espera que o país tenha perdido em evasão o equivalente a R$ 77 bilhões, no varejo digital.

— Ainda que o país tenha avançado com programas como o Remessa Conforme, é preciso buscar isonomia tributária contra a concorrência desleal e, por fim, investir ainda mais em fiscalização —avalia Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV

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Setores preferidos

Segundo a pesquisa do Ipec, o setor de vestuário foi o mais impactado no ano passado, com perdas de R$ 84 bilhões – um aumento de 40% em relação a 2021 (R$ 60 bilhões). Outros segmentos que aparecem no topo da lista são:

– bebidas alcoólicas (R$ 72,2 bilhões)
– combustíveis (R$ 29 bilhões),
– cosméticos e higiene pessoal (R$ 21 bilhões),
– agrotóxicos (R$ 20,8 bilhões)
– TV por assinatura (R$ 12,1 bilhões)
– cigarros (R$ 10,5 bilhões).

As informações são do site Extra.


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