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Violência não letal contra mulheres na Amazônia Legal cresceu 47%, aponta levantamento do Instituto Igarapé

Segundo o Instituto Igarapé, entre todos os tipos de violência não letal registrados pelos órgãos de saúde brasileiros, a violência física é a mais prevalente na Amazônia.

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Todos os tipos não letais de violência contra mulheres no Brasil apresentaram um crescimento de 12%. Essas formas de agressão incluem a patrimonial, a sexual, a física, a psicológica e a moral. Levantamento realizado pelo Instituto Igarapé apontou que a violência contra mulheres da Amazônia Legal teve um aumento de 47% entre 2018 e 2022. Para a elaboração do relatório foram extraídas estatísticas dos sistemas oficiais de saúde e dos órgãos de segurança pública.

Entre todos os tipos de violência não letal registrados pelos órgãos de saúde brasileiros, a violência física é a mais prevalente na Amazônia, representando cerca de 40% do total de casos de violência contra mulheres nos últimos cinco anos. Em contraste, no restante do país, os casos de violência física representaram cerca de 55% do total de casos nesse mesmo período.
Entretanto, apesar do aumento em números absolutos – um padrão observado em todos os tipos de violência – a violência física teve um crescimento menor em comparação com os aumentos das violências patrimonial (+71% em números absolutos) e psicológica (+91% em números absolutos).

Violência Física

Nos últimos cinco anos, foi observado um aumento de 37% nas taxas desse tipo de violência, na Amazônia Legal, um contraste com o aumento de somente 3% observado no restante do país, embora as taxas continuem inferiores às do resto do país. Entre 2018 e 2021, as taxas de violência física na Amazônia variaram entre 62,4 e 66,3 por 100 mil mulheres. Em 2022, essa taxa chegou a 85,2 por 100 mil mulheres, a taxa mais alta registrada na série histórica da base de dados sistematizada pelo Instituto Igarapé, que compila informações sobre violências não letais desde 2009.

De acordo com o levantamento, no restante do país, houve uma queda significativa nas taxas de violência física entre 2019 e 2020, período da pandemia, de 131,7 para 102,4 por 100 mil mulheres. Em 2020 as taxas voltaram a crescer, alcançando o mesmo patamar de 2019.

Entre 2021 e 2022, o crescimento na Amazônia legal e no restante do país foi similar, apresentando, em ambos os casos, as maiores taxas dentre o período analisado, alcançando respectivamente, 85,2 e 135,8 por 100 mil mulheres em 2022. Ao longo dos últimos cinco anos na Amazônia Legal, cerca de metade dos casos de violência física contra mulheres foram cometidos por companheiros ou ex-companheiros.

Nos últimos cinco anos, as taxas de violência sexual contra mulheres na Amazônia cresceram 34%, passando de 45,4 por 100 mil mulheres em 2018 para 60,8 em 2022. Já a violência psicológica teve um aumento de 82% contra mulheres na Amazônia. Em 2022, a Amazônia registrou 9.362 casos de violência psicológica, o número representa em média 26 vítimas por dia na região.

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