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Plano ambiental de Lula pode incluir ‘Big Brother’ em rios da Amazônia, diz delegado da PF

“Se pensarmos em Amazônia hoje, nós temos uma ‘holding’ criminosa, afirma o delegado Alexandre Saraiva, da Polícia Federal, membro da equipe de transição.

Imagem aérea da RDS Uatumã. (Foto: Felipe Martins)

O grupo de trabalho responsável pela área de meio ambiente na equipe de transição do futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva propôs implementar um sistema de câmeras em pontos-chave de rios da Amazônia para fisscalizar barcos suspeitos de crimes ambientais, pescadores ilegais e invasores de terras, além de outros criminosos, que usam basicamente as mesmas rotas e muitas vezes interagem. As informações são do site da revista Veja.

A ideia é que o sistema de monitoramento também seja instalado em estradas para facilitar a identificação de caminhões que transportam madeira ilegal. “O preço não é absurdo. Temos a internet, que pode nos transmitir as imagens em tempo real. A gente conseguiria, de um centro de controle em Manaus, verificar esses barcos”, explica o delegado Alexandre Saraiva, da Polícia Federal — que ficou célebre ao pedir a investigação do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles por favorecer madeireiros — e também membro do grupo de trabalho.

“Se pensarmos em Amazônia hoje, nós temos uma ‘holding’ criminosa. O cara da madeira está no tráfico de drogas, o cara do tráfico de drogas está no garimpo, na pesca ilegal. Chama-se convergência criminosa”, acrescenta Saraiva.

A equipe planeja um pacote de medidas para reforçar a fiscalização e reduzir o desmatamento na Amazônia. Já para os primeiros dias de governo, Lula deve revogar pelo menos 25 decretos editados por Bolsonaro — no total, 120 regulamentações devem ser anuladas. Também está prevista a criação de uma Guarda Nacional Ambiental, formada por policiais civis e militares cedidos pelos estados, e a retomada do Fundo Amazônia, que capta investimentos, inclusive de governos estrangeiros, para financiar projetos ambientais.

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