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Pesquisa Quaest: Amazonas é o Estado do Norte que mais sentiu diferença nos incêndios florestais nos últimos dois anos
Com relação à chuvas mais intensas que o normal, o Norte do Brasil foi a região que menos sentiu a mudança climática, sendo relatada por cerca de 19% da população.
Um levantamento da Quaest divulgado nesta terça-feira (11/11) mostra que nove em cada dez brasileiros dizem já ter sentido ao menos um efeito das mudanças climáticas nas regiões onde vivem e que, no Norte do Brasil, o Amazonas foi o estado que mais sentiu a mudança climática, com 60% da sua população relatando a diferença nos incêndios florestais nos últimos dois anos. No Estado, 90,9% dos entrevistados relataram ter sentido alguma mudança no clima.
Com relação à chuvas mais intensas que o normal, o Norte do Brasil foi a região que menos sentiu a mudança climática, sendo relatada por cerca de 19% da população. O Centro-Oeste lidera a percepção de incêndios florestais mais intensos (43%) entre as regiões do Brasil com destaque para o Mato Grosso do Sul, cuja percepção da mudança climática pela população foi de 73%.
A pesquisa foi realizada de 3 a 16 de julho de 2025 com 2 mil pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais.
As ondas de calor lideram com ampla margem, sendo relatadas por 69% dos entrevistados no País. Em seguida, aparecem as secas prolongadas, mencionadas por 42%. Outros 35% dizem ter sentido mudança no padrão das estações do ano.
Os entrevistados podiam citar mais de um efeito sentido pelas mudanças climáticas.
Para Marina Siqueira, doutora em Ciência Política e Diretora de Sustentabilidade da Quaest, a pesquisa mostra que os brasileiros podem ser grandes aliados no combate às mudanças climáticas. “Eles já sentem os efeitos, reconhecem as causas e demonstram preocupação”, afirmou.
Após serem perguntados sobre efeitos das mudanças climáticas, os entrevistados responderam se estavam ou não preocupados com elas. Três em cada quatro relataram preocupação, sendo que 44% se disseram muito preocupados e 33% preocupados.
Outros 8% dizem não estar nem preocupados nem despreocupados, enquanto 6% afirmam estar pouco preocupados. Já 4% dos entrevistados não se preocupam com o assunto.
Veja os números:
44% disseram que estão muito preocupados com as mudanças climáticas;
33% disseram que estão preocupados;
8% não estão nem preocupados, nem despreocupados;
6% estão pouco preocupados;
4% nada preocupados;
5% não sabem ou não responderam.
A percepção de que o clima está mudando vem acompanhada de uma preocupação que está presente em todas as faixas etárias, níveis de renda, escolaridade, regiões e ideologias, segundo a Quaest.
A pesquisa mostra que, entre as mulheres, a preocupação é maior: 49% se dizem muito preocupadas e 32% preocupadas, enquanto 40% dos homens responderam que estão muito preocupados e 34% disseram estar preocupados. A margem de erro é de três pontos em ambos os sexos.
A maioria dos brasileiros aponta o setor produtivo como o principal responsável pelas mudanças climáticas no país. Segundo o levantamento, 84% da população acredita que atividades econômicas como a indústria, o agronegócio e o setor de energia não renovável estão entre os maiores causadores do problema.
Outros 38% consideram que a sociedade de consumo em massa é a principal responsável, e 29% atribuem maior culpa ao governo ou poder público. Já 6% afirmam que nenhum desses setores tem relação direta com as mudanças climáticas ou que não acreditam que elas estejam ocorrendo.
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