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Pesquisa AtlasIntel aponta que 86,3% dos brasileiros na Região Norte apoiam demissão de Lupi
Maioria da população do País defende saída do ministro da Previdência Social por causa de denúncias de fraude no INSS.

Pesquisa realizada pela AtlasIntel mostra que 86,3% dos brasileiros da Região Norte são favoráveis a que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demita o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. O levantamento foi divulgado nesta 5ª feira (01/05) após a repercussão das denúncias de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e benefícios. Eis a íntegra (PDF – 3 MB).
O percentual na Região Norte é maior do que a média nacional, de 85% dos brasileiros favoráveis a que Lula demita Carlos Lupi, de acordo com a pesquisa AtlasIntel.
Tanto a maioria dos apoiadores de Lula quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendem a demissão de Lupi. Segundo o levantamento, quase 77% dos que votaram no petista no 2º turno das eleições de 2022 querem a saída do ministro. Entre os bolsonaristas, 94,6% apoiam a substituição do chefe da pasta.
Os dados coletados pela Popula, empresa responsável pelo levantamento Atlas, mostram que 84,4% dos entrevistados afirmaram estar cientes e acompanhando constantemente as notícias sobre as denúncias de fraudes no INSS.
O estudo também identificou o alcance das irregularidades entre os beneficiários. Do total de entrevistados, 6,4% declararam ter sido vítimas dos descontos indevidos em seus benefícios.
Outros 35,6% informaram conhecer alguém que sofreu com o problema. A maioria dos entrevistados, cerca de 58%, disse não ter sido afetada nem conhecer vítimas das irregularidades.
A pesquisa foi realizada de 29 de abril a 1º de maio, por meio de formulários on-line. Foram entrevistadas 1.000 pessoas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Operação
A PF deflagrou na no dia 23/04 a operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS. A operação cumpriu 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 Estados.
De acordo com a PF, a investigação identificou a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.
O governo informou que em 2023 a CGU deu início a uma série de apurações sobre o aumento do número de entidades e dos valores descontados dos aposentados. A partir desse processo, foram feitas auditorias em 29 entidades que tinham ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS. Também foram realizadas entrevistas com 1.300 aposentados que tinham descontos na folha de pagamento.
Segundo o governo, a CGU identificou que as entidades não tinham estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários e que, dos entrevistados, a maioria não havia autorizado os descontos. A Controladoria também identificou que 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregado a documentação completa ao INSS.
Na operação, 6 pessoas foram afastadas de suas funções. Entre elas, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
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