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Brasil

Ministro da Economia ataca “privilégios” no funcionalismo público

Em evento no Rio, ministro da Economia criticou o que considera privilégios, como estabilidade e ‘aposentadoria generosa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o funcionalismo público e o que ele considera privilégios do setor. Durante evento na FGV do Rio, Guedes comparou os servidores públicos a “parasitas” que querem reajustes automáticos, o que, segundo o titular da pasta, a população não quer mais. “ O funcionalismo teve aumento 50% acima da inflação. Além disso, tem estabiildade na carreira e aposentadoria generosa. O hospedeiro está morrendo, o cara (servidor) virou um parasita. O dinheiro não chega no povo e ele (servidor) quer reajuste automático”, disse.

Para sustentar sua fala, o ministro disse que a maioria da população defende que servidores concursados podem ser demitidos. “ A população não quer mais isso, 88% das pessoas são a favor de demissão no funcionalismo público”, disse. Guedes se baseou na recente pesquisa do instituto Datafolha que aponta que 88% dos entrevistados apoiam a demissão de servidores com mau desempenho.

O ministro também disse que os parlamentares que estão à frente das pautas econômicas no Congresso estão empenhados nas reformas ao ponto de fazer com que ele seja visto como uma “freira de convento”. “Eu, que já fui revolucionário, hoje sou freira de convento (na comparação com os parlamentares). Eles (políticos) chegam e dizem ‘o senhor tem que desindexar, desobrigar, tem que descarimbar o dinheiro”, disse.

Na avaliação de Guedes, o “dinheiro carimbado” é um dos entraves para que os estados e municípios melhorem a situação fiscal. “O dinheiro no Brasil é todo carimbado, gerido por um software. Uma cidade do interior que no passado as famílias tinham seis ou sete filhos, hoje as pessoas têm um ou dois. Mas como o dinheiro está destinado para educação, o prefeito não pode comprar ambulância para atender essa população que envelheceu. Então o município troca uniforme seis vezes no ano e pinta escola para gastar a verba carimbada”.

Durante o mesmo evento, o ministro da Economia não poupou elogios ao atual secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. Em meio às palavras carinhosas, Guedes disse que em breve o secretário poderá deixar o governo. “Se o cara (Mansueto) estivesse no setor privado, estaria ganhando uma fortuna, eu acho até que vamos perder ele em breve”, disse o ministro.

Guedes afirmou que empresas do setor privado têm procurado o atual secretário por conta de sua capacidade técnica. Para retardar essa possível saída, Guedes disse que convidou Mansueto para para presidir o Conselho Fiscal da República, órgão que faz parte da proposta do pacto federativo.

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