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Greve da Receita Federal ameaça produção de Natal do Polo Industrial de Manaus

O vice-presidente do Sindifisco, Eduardo Toledo, disse que o objetivo da paralisação não é prejudicar a economia do Estado.

A greve dos servidores da Receita Federal marcada para a próxima segunda-feira (04/09) ameaça a produção do Polo Industrial de Manaus (PIM), com a suspensão e atrasos na chegada de matéria-prima para a fabricação de produtos para o Natal e o Ano Novo, época do ano em que o mercado fica mais aquecido.

As informações foram dadas em entrevista coletiva de imprensa nesta quinta-feira (31/05) pelos representantes do Sindicato dos Auditores Fiscais do Amazonas (Sindifisco-AM), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), organizada pelo Centro de Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam).

O vice-presidente do Sindifisco, Eduardo Toledo, disse que o objetivo da paralisação não é prejudicar a economia do Estado, e a decisão foi tomada em assembleia com os sete mil sindicalizados de todo o país.

O presidente do Cieam, Lúcio Flávio Moraes, afirmou que o setor já está sendo prejudicado com a seca dos rios e apoia a mobilização. “Nós já estamos sofrendo dificuldades na parte logística relativas à navegabilidade do rio Amazonas e do canal do Paraná. Vai impactar violentamente na produção, não só trazendo prejuízo para as indústrias, mas também para os trabalhadores. Se para uma linha de produção todos os trabalhadores param”, declarou.

O representante da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Antônio Kizem, disse que o comércio importador precisa da autorização da Receita Federal. E que, no momento em que a Receita entra em operação padrão, uma carga que demoraria dois dias pode levar uma semana ou mais para ser liberada. Segundo ele a produção de fim de ano distribuída para o país começa em setembro.

Lideranças do Sindifisco afirmam que objetivo da paralisação não é prejudicar a economia do Estado, mas sim garantir direitos dos trabalhadores. Atrasos na chegada de matéria-prima, montagem e distribuição afetaria época do ano onde o mercado fica aquecido

Os servidores da Receita Federal atuam na fiscalização do produto nas aduanas distribuídas em todo o território nacional. As cargas e insumos que chegam ao Amazonas precisam ser fiscalizadas para serem liberadas e para evitar contrabando, pirataria, tráfico de drogas e outros atos ilícitos. Quando a carga não é liberada, os custos de armazenamento sobem.

A categoria reivindica o cumprimento do acordo, firmado em 2017, onde eles pedem reajuste salarial que não acontece desde 2011. Esse recurso seria uma realocação que viria do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) e não causaria um aumento do custo do governo.

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