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Suécia entra oficialmente na Otan e se torna o 32º país membro da aliança

Adesão acontece depois que o primeiro-ministro Ulf Kristersson entregou formalmente os documentos ao Departamento de Estado dos Estados Unidos.

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A Suécia entrou oficialmente na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), tornando-se o 32º membro da aliança, nesta quinta-feira (7). A adesão acontece depois da invasão da Ucrânia pela Rússia estimular a Suécia a repensar a sua política de defesa e a abandonar a sua longa posição de neutralidade.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, entregou formalmente os documentos de adesão ao Departamento de Estado dos EUA em Washington, DC, o passo final de um processo de meses para obter a aprovação de todos os membros.

Os documentos são guardados num cofre do Departamento de Estado, que funciona como depositário do tratado da Otan.

“Ao receber este instrumento de adesão, permita-me ser o primeiro a dar as boas-vindas à Suécia como parte do Tratado de Washington e o 32º membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, ao lado do primeiro-ministro sueco.

Kristersson agradeceu aos seus aliados por acolherem a Suécia no bloco.

“Buscaremos a unidade, a solidariedade e a partilha de encargos, e aderiremos plenamente aos valores do Tratado de Washington: liberdade, democracia, liberdade individual e Estado de direito. Mais fortes juntos”, disse ele em comunicado.

A Suécia e a sua vizinha Finlândia – que partilha uma fronteira de 1.300 quilômetros com a Rússia – tentaram juntar-se ao bloco depois de Moscou ter lançado a sua invasão em grande escala da Ucrânia.

A Finlândia aderiu oficialmente em abril de 2023, mais do que duplicando a fronteira da Otan com a Rússia, num golpe para o presidente Vladimir Putin, que tem procurado impedir qualquer crescimento da aliança.

A tentativa da Suécia de aderir ao bloco foi durante meses obstruída pela Turquia e pela Hungria, que mantêm relações amistosas com Moscou e atrasaram a ratificação da adesão.

O parlamento da Turquia votou em janeiro pela aprovação da candidatura da Suécia, após meses de tensões entre as duas nações, desencadeadas principalmente por uma onda de protestos contra a queima do Alcorão na Suécia, que enfureceu os legisladores turcos.

Mas a Hungria fez a Suécia esperar ainda mais, com o primeiro-ministro Viktor Orban se recusando a dar luz verde à sua candidatura em diversas ocasiões. O parlamento da Hungria acabou por aprovar a adesão da Suécia no mês passado.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a adesão da Suécia “torna a Otan mais forte, a Suécia mais segura e toda a aliança mais segura. Estou ansioso para hastear a bandeira deles na sede da Otan na segunda-feira (11).”

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