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Só 5 países africanos devem conseguir vacinar 40% de suas populações até o fim do ano, prevê OMS

No ritmo atual, a África ainda enfrenta um déficit de 275 milhões de vacinas da Covid-19 em relação à meta. O número representa menos de 10% dos países do continente.

Até agora, apenas 3 países africanos – Ilhas Seychelles, Maurício e Marrocos – já cumpriram a meta. (Foto:Themba Hadebe_AP)

Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (28), a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que apenas 5 dos 54 países africanos devem conseguir alcançar a meta de vacinar totalmente 40% de sua população até o fim do ano. O número representa menos de 10% dos países do continente.

Até agora, apenas 3 países africanos – Ilhas Seychelles, Maurício e Marrocos – já cumpriram a meta, definida em maio pela Assembleia Mundial da Saúde, o órgão mais alto de definição de políticas de saúde do mundo. No ritmo atual, apenas mais dois países – Tunísia e Cabo Verde – conseguirão atingir o objetivo.

Brasil supera meta mínima de vacinação da OMS, distante para 50 países
No ritmo atual, a África ainda enfrenta um déficit de 275 milhões de vacinas da Covid-19 em relação à meta de finalizar o ano com 40% da população totalmente vacinada. Até agora, o continente vacinou totalmente 77 milhões de pessoas, apenas 6% de sua população.

Em comparação, mais de 70% dos países de alta renda já vacinaram mais de 40% de sua população. No Brasil, o percentual de pessoas totalmente vacinadas é de 53%.

Falta de seringas
O continente africano ainda luta para atender à crescente demanda por produtos essenciais de vacinação, como seringas. O Unicef relatou um déficit iminente de até 2,2 bilhões de seringas de desabilitação automática para a vacinação contra a Covid-19 e a imunização de rotina em 2022.

O número inclui seringas de 0,3mL, necessárias para a aplicação da vacina da Pfizer, e que têm um mercado restrito e extremamente competitivo. As seringas devem continuar escassas pelo menos até o primeiro trimestre do próximo ano, segundo a OMS. Países como Quênia, Ruanda e África do Sul tiveram atrasos no recebimento dos itens.

“A ameaça iminente de uma crise de commodities de vacinas paira sobre o continente. No início do próximo ano, as vacinas da Covid-19 começarão a chegar à África, mas a escassez de seringas pode paralisar o progresso. Devem ser tomadas medidas drásticas para aumentar a produção de seringas, rapidamente. Inúmeras vidas africanas dependem disso”, disse Matshidiso Moeti, diretora regional da OM para a África.

A instalação da Covax – plataforma para garantir o acesso às vacinas para países pobres – está trabalhando para enfrentar a ameaça de fornecimento – fechando negócios com fabricantes de seringas e por meio de um melhor planejamento, para evitar que as entregas das vacinas ultrapassem o fornecimento de seringas.

No Sudão do Sul, as autoridades pretendem garantir que a missão da OMS ajude o país a cumprir sua meta de aumentar em dez vezes a taxa diária de vacinação – de 2 mil para 25 mil.

Quase 8,5 milhões de casos de Covid-19 e mais de 217 mil mortes foram registrados na África. Na semana que terminou em 24 de outubro, ocorreram mais de 29,3 mil novos casos, uma queda de quase 30% em relação à semana anterior. Mas 10 países africanos ainda têm ressurgimentos de casos – incluindo quatro com tendência de alta ou estabilidade: Gabão, Congo-Brazzaville, Camarões e Egito.

A informação é do g1.

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