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Reino Unido: após ampliar vacinação, taxa de hospitalização na Escócia está reduzida em até 94%

Na Inglaterra, o governo divulgou que houve queda de cerca de 70% nas infecções entre profissionais de saúde que receberam a primeira dose da vacina.

Primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, falou sobre planos para relaxar o confinamento. (Foto: Ben Stansall/AFP)

Um programa acelerado de vacinação e o confinamento rigoroso reduziram os casos graves de Covid-19 no Reino Unido e já permitem pensar em alguma abertura. As viagens internacionais para a Inglaterra, porém, não devem voltar ao normal antes de 17 de maio, disse nesta segunda (22) o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.A reportagem foi publicada na Folha de São Paulo.

Os britânicos foram pioneiros em aprovar vacinas e botar em marcha um programa amplo, que já deu ao menos a primeira dose aos grupos mais suscetíveis. A previsão é que todos os adultos estejam vacinados até o final de julho.Na Escócia, resultados de um estudo nacional mostraram que, quatro semanas após a primeira dose das vacinas da Pfizer ou da AstraZeneca, o risco de hospitalização caiu 85% e 94%, respectivamente. “Parece haver diferença entre grupos etários, mas a redução nas hospitalizações para os mais idosos ainda é impressionante”, disse Arne Akbar, presidente da Sociedade Britânica de Imunologia.

A pesquisa, feita por pesquisadores de cinco universidades em consórcio com o sistema de saúde escocês, é a primeira a relatar o efeito da vacinação em um país inteiro, e compara as taxas de hospitalização entre aqueles que receberam e não receberam a primeira dose da vacina.

Os dados foram coletados de 8 de dezembro a 15 de fevereiro deste ano, período no qual 21% dos 5,4 milhões de escoceses receberam a primeira dose —1,14 milhão de injeções foram administradas, 650 mil da Pfizer e 490 mil de Oxford/AstraZeneca.

“Os resultados são importantes porque passamos de expectativa para evidência firme do benefício das vacinas”, afirmou Jim McMenamin, diretor nacional de incidentes de Covid-19 na Escócia.
MAPA DO RETORNO NA INGLATERRA
Na Inglaterra, o governo divulgou que houve queda de cerca de 70% nas infecções entre profissionais de saúde que receberam a primeira dose da vacina Pfizer/BioNTech.

A redução da pressão nos sistemas de saúde levou Boris Johnson a anunciar nesta segunda um plano de relaxamento do confinamento imposto na Inglaterra (Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte tomam suas próprias decisões). As etapas virão em intervalos de cinco semanas, para permitir a análise de dados do impacto de cada uma.

Escolas serão reabertas em 8 de março, quando será possível duas pessoas de famílias diferentes voltarem a se encontrar. A partir de 29 de março, será possível se encontrar com familiares em parques e praticar esportes ao ar livre.

Cabeleireiros e lojas não essenciais e lugares que servem refeições ao ar livre reabrem a partir de 12 de abril. Restaurantes e pubs poderão atender em ambientes fechados a partir de 17 de maio. Até seis pessoas de duas famílias poderão se encontrar dentro de casa.

Viagens internacionais não essenciais continuam proibidas até 17 de maio, pelo menos. O governo espera que todas as restrições a contatos sociais estejam encerradas em 21 de junho, data em que casas noturnas poderão reabrir.

No momento, passageiros que precisem viajar para o Reino Unido saindo do Brasil e de outros 32 países precisam fazer quarentena vigiada em hotéis durante dez dias, nos quais serão submetidos a dois testes. O custo, de ao menos 1.750 libras (pouco mais de R$ 13 mil), é pago pelo viajante.

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