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Por pandemia, Brasil cai doze posições em ranking global de felicidade

Segundo os pesquisadores, a Covid-19 afetou os índices de felicidade do mundo todo, mas os países que menos se abalaram tiveram uma ‘liderança eficaz’.

A pandemia provocada pelo novo coronavírus fez o Brasil cair doze posições no ranking de felicidade global do estudo World Happiness Report (WHR) de 2021. Considerando apenas o ano de 2020, o Brasil ficou em 41º lugar num ranking formado por 95 países.

No ranking de 2019 do WHR, que usou a média dos três anos anteriores, o país ocupava a 29ª posição. De acordo com essa comparação, o Brasil se tornou relativamente mais infeliz se comparado com os países vizinhos.

No estudo, o Chile desceu da 34º posição para 38º, a Argentina da 45º para 47º e o Uruguai da de 25º para 30º posição.

O estudo deste ano é coordenado pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, pelo Centro de Pesquisa de Bem-Estar da Universidade Oxford, no Reino Unido, e pelo Programa de Bem-Estar da London School of Economics and Political Science.

Nesta edição, os dados coletados foram especificamente de 2020 para se poder medir o impacto da pandemia na vida das pessoas ao redor do mundo.

Para isso, os pesquisadores decidiram adotar dois focos: acompanhar o efeito da Covid-19 na qualidade de vida das pessoas e avaliar como governos lidaram com a crise sanitária.

A infelicidade causada pela pandemia fez o Brasil recuar no índice do WHR quando se considera o resultado médio de 2018 a 2020, conforme a metodologia adotada pelos autores do estudo.

Nessa comparação, o Brasil caiu seis pontos, para o 35º lugar. A Finlândia continua ocupando o primeiro lugar no ranking, independentemente da metodologia adotada.

No capítulo “Felicidade, confiança e mortes na pandemia da Covid-19”, os pesquisadores usaram como exemplo o Brasil para abordar o quanto a condução da pandemia pode afetar os índices analisados.

Segundo eles, países que melhor se saíram no combate à pandemia proporcionaram para a sua população “pronto acesso a bons exemplos, liderança eficaz e capaz de agir de forma rápida e adequada”.

Um dos piores efeitos da pandemia nas medidas gerais de felicidade analisadas pelo estudo foram os 2 milhões de mortes por Covid-19 em 2020, um aumento de quase 4% no número anual de mortes em todo o mundo que representa uma grave perda de bem-estar social, apontam os pesquisadores.

O estudo também aborda a questão da economia e da saúde na pandemia citando como exemplo o Brasil e os Estados Unidos com Donald Trump na presidência.

Os pesquisadores apontam que essa “falsa disputa” pode ter sido a responsável pelo aumento excessivo de mortes. No mesmo grupo também estão a Suécia e o Reino Unido.

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