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Regime de Nicolás Maduro na Venezuela quer mudança no ‘mecanismo de diálogo’ com a oposição

Líder chavista rompeu conversas com oposicionistas após EUA aplicarem sanções ao regime. Maduro acusa Guaidó de estar por trás da medida.

O governo chavista na Venezuela busca mudanças no diálogo com a oposição para retornar à mesa de conversas, disse nesta quinta-feira (15) o chanceler venezuelano Jorge Arreaza. As negociações foram congeladas por Nicolás Maduro por causa das sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos no início do mês.

Depois de assinar um memorando que condena o “bloqueio” americano, Arreaza confirmou que se reunirá em Caracas com delegados do governo da Noruega – mediadora das negociações – para impulsionar o processo que tenta pôr fim à grave crise política interna.

“Haverá contato [com os noruegueses] e certamente conseguiremos restabelecer esse diálogo com um mecanismo repensado, com uma reflexão necessária”, declarou o chanceler a jornalistas na praça maior da capital.

Na quarta-feira, o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó revelou que os emissários noruegueses se encontravam no país para insistir nas negociações.

“Aquele mecanismo que tivemos há uma semana, o resultado foi o bloqueio, o ataque, o continuar apelando à conspiração, o golpe de Estado”, denunciou Arreaza, membro da equipe negociadora.

Maduro acusa Guaidó de estar por trás das sanções que, em 5 de agosto, congelaram os ativos do país petroleiro nos Estados Unidos e advertem com represálias as empresas que negociem com o governo de Maduro, assim como com pessoas naturais ou jurídicas vinculadas ao regime chavista.

Alegando que a negociação havia recebido uma “punhalada” de Donald Trump, com o aplauso da oposição, Maduro suspendeu em 7 de agosto a viagem de seus delegados a Barbados, sede das negociações.

Arreaza insistiu mais uma vez que o processo não foi rompido e voltou a dizer que os oposicionistas estão divididos entre os que querem uma saída pacífica e os que pedem intervenção militar – ainda não descartada por Trump.

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