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Japão lembra nove anos de tsunami e acidente nuclear de Fukushima

Quase uma década depois, diversos municípios permanecem bloqueados e o medo de contaminação ainda se faz presente. Mais de 40 mil pessoas não conseguiram voltar para casa

Nesta quarta-feira (11), uma sirene soou para marcar o exato momento em que ocorreu o terremoto, seguido de tsunami, no Japão em 2011. Japoneses em todo o país fizeram um minuto de silêncio para homenagear as milhares de mortes de nove anos atrás, quando um grande terremoto provocou um tsunami e um acidente nuclear no Nordeste do país, na Usina de Fukushima.

O desastre deixou 18.428 mortos ou desaparecidos, incluindo Maki, a única filha da família Okubo. A mulher, de 27 anos, foi levada pelo tsunami. No verão passado, parte de seus restos mortais foi finalmente encontrada ao largo da costa da província de Miyagi. O pai de Maki, Mitsuo Okubo, disse: “Este ano é diferente. Podemos sentir a presença de minha filha próxima de nós”.

Mais 3.739 pessoas morreram nos anos que se seguiram ao terremoto de magnitude 9 na escala Richter. O tremor gerou um tsunami com mais de 10 metros de altura e provocou aquele que é considerado o pior acidente nuclear desde Chernobyl.

O 11 de março marca o acidente na Usina Nuclear Fukushima 1, que sofreu três derretimentos.

A vida foi retomada em certas comunidades. Uma ordem de evacuação foi parcialmente suspensa nesta semana para uma pequena área de uma localidade próxima à usina nuclear danificada.

Os esforços de recuperação ainda estão longe de serem concluídos. Um dos maiores desafios é o que fazer com mais de 1 milhão de toneladas de água contaminada, estocadas na Usina Fukushima 1. A água era empregada para esfriar o combustível derretido no interior dos reatores destruídos. Cerca de 170 toneladas são produzidas diariamente, e o governo ainda não decidiu como vai descartá-las.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) apoia o governo japonês em seu projeto de despejar a água no Oceano Pacífico.

Mas a vizinha Coreia do Sul questiona a segurança dessa medida, enquanto os pescadores da região temem por sua reputação.

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