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Estudo indica que homens são mais afetados por doenças que levam à morte prematura

Nos homens, a perda de saúde reflete-se sobretudo em patologias que levam mais à morte prematura, como câncer do pulmão, problemas cardíacos e doença renal crônica, segundo o estudo.

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Um estudo divulgado nessa quinta-feira (2) mostra diferenças substanciais entre homens e mulheres em relação à saúde, com os homens sendo mais afetados por doenças que levam à morte prematura.

O estudo, divulgado na publicação médica The Lancet Public Health, baseou-se em dados globais de 2021 para comparar o número de anos de vida perdidos – devido a doenças e à morte prematura – para 20 das principais causas de doença em homens e mulheres com mais de 10 anos.

A análise estima que o peso para 13 dessas 20 principais causas de doença, incluindo covid-19, lesões na estrada e problemas cardiovasculares e respiratórios, era em 2021 mais elevado em homens do que em mulheres.

Nos homens, a perda de saúde reflete-se sobretudo em patologias que levam mais à morte prematura, como câncer do pulmão, problemas cardíacos e doença renal crônica, segundo o estudo.

Ao contrário, as mulheres, que tendem a viver mais tempo são afetadas por doenças ou incapacidades que se arrastam ao longo da vida, como dor lombar, dor de cabeça, depressão, ansiedade, doença de Alzheimer e outras demências.

A análise exclui problemas de saúde específicos do sexo, como câncer da próstata e doenças ginecológicas, mas avalia as diferenças entre homens e mulheres afetados pelas mesmas patologias.

De acordo com os autores do trabalho, as diferenças entre homens e mulheres em escala global, em relação à saúde, foram consistentes desde 1990, com exceção de algumas doenças como o diabetes, cujo diferencial quase triplicou, atingindo mais os homens do que as mulheres.

“O desafio, agora, é conceber, aplicar e avaliar formas de prevenir e tratar as principais causas de morbidade e mortalidade prematura, baseadas no sexo e no gênero, desde a infância e em diversas populações”, afirmou, em comunicado, uma das autoras do estudo, a epidemiologista brasileira Luísa Sorio Flor, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.


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