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Empresa quer contratar 300 brasileiros para trabalhar e repovoar cidade de Pedro Álvares Cabral

A filial fica em Belmonte, berço do navegador Pedro Álvares Cabral, que chegou ao Brasil em 1.500. As vagas são para engenheiros de software e desenvolvedores.

Bandeira brasileira no alto do castelo de Belmonte, em Portugal (Foto: Divulgação/WIT)

Uma empresa portuguesa elaborou estratégia que procura minimizar dois problemas crônicos de Portugal: a falta de mão de obra e o esvaziamento do interior do país.

São estas as razões que levam a WIT Software a abrir 300 vagas para brasileiros e tentar direcionar as candidaturas para seu novo escritório no Centro de Portugal.

A filial fica em Belmonte, berço do navegador Pedro Álvares Cabral, que chegou ao Brasil em 1.500.

As vagas são para engenheiros de software e desenvolvedores. A empresa afirmou ao Portugal Giro que ajudará com todo o processo para a concessão do visto de residência tecnológico, o “tech visa”.

Há 20 anos no mercado, a WIT também garante que negocia com o município de Belmonte uma série de apoios para tornar ainda mais atrativa a mudança dos funcionários e suas famílias. Os benefícios serão definidos esta semana. O salário depende do nível do candidato.

Em relação ao governo, a WIT diz querer ajudar, sem contrapartida, as iniciativas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) para repovoar a região.

Belmonte tem pouco mais de seis mil habitantes. Há apenas 73 residentes estrangeiros, sendo 21 brasileiros. É um retrato fiel do problema demográfico português e europeu, que virou um gargalo na retomada econômica.

Caso o desequilíbrio demográfico não seja revertido, as previsões apontam que Portugal pode ter apenas metade da população em idade produtiva em 2.068.

O planejamento da WIT é ter 300 engenheiros até o final de 2025 em Belmonte, começando com a meta de contratar, no mínimo, 50 até o fim de 2022.

Mas este objetivo inicial é porque o processo de imigração durante o pedido de autorização de residência tem um ritmo próprio de análise documental, diz a companhia. Se acelerar, a meta aumentará, assegura.

Com dez brasileiros entre os 350 funcionários, a WIT quer ampliar a comunidade e recebeu cerca de 60 currículos, contratou duas pessoas e está na fase final de recrutamento de outros sete candidatos.

Os interessados podem procurar as vagas e começar o processo na página da empresa: https://www.wit-software.com/careers/. Ou enviar e-mail para jobs@wit-software.com

Na página de candidaturas, é possível concorrer às vagas nos outros escritórios da empresa em Coimbra, Porto, Aveiro, Leiria e Lisboa. Porém, somente em Belmonte o candidato terá benefícios extras (além daqueles habituais em contrato), como informou o diretor Luis Silva em e-mail.

— A empresa tem alguns benefícios especiais para os engenheiros que pretendam se instalar em Belmonte. Para quem quer viver em plena segurança, com qualidade de vida, e ao mesmo tempo trabalhar em tecnologias emergentes e em projetos de software para o resto do mundo, esta é uma oportunidade única — descreveu Silva.

Assim como outras empresas da área, a WIT tem muita dificuldade em contratar profissionais de tecnologia da informação. Decidiu apostar nos brasileiros, que tendem a uma rápida adaptação ao país e por serem referência no setor.

— Atualmente a empresa tem uma situação muito estável e perspectivas de elevado crescimento. Por esses motivos, pretende agora contratar 300 engenheiros do Brasil e convidá-los para virem viver em Portugal — relatou Silva.

Ao atuar na produção de programas de informática que se espalharam por 46 países, a empresa percebeu que os trabalhadores preferem flexibilidade e conexão à cultura e à comunidade do local onde atuam.

Desta maneira, montou um modelo híbrido de operação, onde o escritório virou mais um espaço de convívio, dando aos funcionários liberdade para trabalhar de casa em Portugal se preferirem.

Vagas disponíveis:

· Java Software Engineers

· React Native Software Engineers

· iOS Software Engineers

· Android Software Engineers

· DevOps Engineers

· Blockchain Engineers

A informação é do jornal O Globo

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