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Em meio à tensão no leste europeu, Nicolas Maduro firma parceria e declara apoio à Rússia

Países assinaram acordo de cooperação militar que deve fortalece as relações comerciais em todos os âmbitos, diz líder venezuelano.

Vice-primeiro-ministro russo Yuri Borisov e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. (Foto: Reuters)

O acordo de cooperação militar entre Rússia e Venezuela foi assinado na noite desta quarta-feira (16) depois da visita do vice-primeiro-ministro russo Yuri Borisov à Caracas.

Durante um evento no Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano, o presidente Nicolás Maduro disse que o país revisou o acordo e “confirmou o caminho para uma poderosa cooperação militar entre Rússia e Venezuela para defender a paz e a soberania”.

Maduro também disse que o entendimento vai contribuir para assegurar a integridade territorial. Apesar disso, o líder venezuelano não entrou em detalhes sobre o acordo.

Pelo Twitter, nas primeiras horas desta quinta-feira (17), Maduro afirmou que os acordos de intenções com a Rússia “fortalecem as relações comerciais em todos os âmbitos para seguirem caminhando juntos para o desenvolvimento”.

O apoio militar russo à Venezuela tem gerado preocupação em países da América do Sul e entre aliados-chave dos Estados Unidos, como a Colômbia. No início desse mês, o ministro da Defesa colombiano, Diego Molano, chegou a dizer que a Rússia e o Irã estavam fornecendo assistência militar ao governo de Nicolás Maduro.

O embaixador russo para a Colômbia, Nikolay Tavdumadze, afirmou às autoridades colombianas na semana passada que as assistências russas à Venezuela nunca seriam utilizadas para atacar a Colômbia.

Durante as reuniões desta quarta-feira, além de acordos, Nicolás Maduro declarou apoio irrestrito à Rússia em meio à crise entre Moscou e a Ucrânia. “A Rússia tem o apoio total da República Bolivariana da Venezuela em sua luta para dissipar as ameaças da OTAN e do mundo Ocidental”, disse o líder da Venezuela.

Enquanto cresce a tensão militar no leste europeu, aumenta também a dinâmica de estreitamento de relações entre Moscou e a América Latina, que está em uma região sob influência direta dos Estados Unidos.Antes da visita do vice-primeiro-ministro russo Yuri Borisov à Venezuela, o presidente argentino Alberto Fernandes foi à Moscou para se encontrar com Vladimir Putin.

Nessa semana, foi a vez do presidente brasileiro Jair Bolsonaro ir à capital russa para se encontrar com o líder do país. Esses movimentos sugerem que a Rússia está tentando ganhar a atenção de líderes da região, fazer acenos para algumas nações e fortalecer alianças antigas em meio às tensões geopolíticas com a Ucrânia, que trazem um clima de guerra fria à tona.

A julgar pelas próximas paradas do vice-primeiro-ministro russo pela América Latina – Nicarágua e Cuba – Vladimir Putin está movendo as peças de seu xadrez geopolítico bem longe de casa num claro movimento de desafio aos Estados Unidos.

A informação é da CNN Brasil

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