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Cientistas identificam crânio de golfinho de 16 milhões de anos que habitou a Amazônia peruana

A descoberta ocorreu em 2018, às margens do rio Napo, na região de Loreto (Peru) , mas a confirmação dos testes de antiguidade foi adiada devido à pandemia de covid-19.

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Paleontólogos identificam crânio de golfinho de 16 milhões de anos que habitou a Amazônia peruana. (Foto: AFP)

— Tivemos a sorte de encontrar o crânio quase completo de um golfinho amazônico que viveu nesta região há 16 milhões de anos — disse à AFP o paleontólogo Rodolfo Salas-Gismondi, do Museu de História Natural da Universidade Nacional de San Marcos, em Lima.

A descoberta ocorreu em 2018, às margens do rio Napo, na região de Loreto (Peru) , mas a confirmação dos testes de antiguidade foi adiada devido à pandemia de covid-19.

— É um sucesso, porque nos permite conhecer um animal que não sabíamos que existia na Amazônia”, principalmente por se tratar de uma região onde a busca por fósseis é difícil —, ressaltou o especialista.

A descoberta foi publicada hoje, 21/3,  na revista científica americana Science Advances. Segundo o pesquisador peruano, trata-se de um golfinho cujo comprimento varia entre 3 e 3,5 metros: —É um animal bastante grande, maior do que qualquer golfinho de rio já descoberto.

Segundo Salas, “é provável que este golfinho possua ancestrais marinhos em todo o oceano e que tenham incursionado pela região amazônica e Índia”.

Contribuição para a biodiversidade

Há 16 milhões de anos, a Amazônia peruana era bem diferente. Grande parte da planície amazônica era coberta por um grande sistema de lagos e pântanos chamados Pebas, onde viviam grandes golfinhos.

O sistema Pebas incluía ecossistemas aquáticos e terrestres e se estendia pelo que hoje são Brasil, Colômbia, Equador, Bolívia e Peru. “É uma grande descoberta, uma contribuição muito grande para a paleontologia e muito importante para compreender a biodiversidade atual”, explicou à AFP o diretor do Instituto francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), Bruno Turcq.

Um pesquisador do instituto participou da descoberta. Formada por paleontólogos peruanos, americanos e franceses, a expedição foi patrocinada pela National Geographic Society.

Os primeiros cetáceos evoluíram de animais terrestres há cerca de 55 milhões de anos.

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