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Acordo com empresas chinesas ampliará investimentos e renda na Amazônia, informa governo federal
Delegação brasileira se reúne com empresas e autoridades chinesas para atrair investimentos e oportunidades de desenvolvimento regional com foco na bioeconomia.

Garantir energia renovável para comunidades indígenas, agregar valor às cadeias produtivas da bioeconomia, fortalecer a agricultura familiar e o extrativismo, e gerar novas oportunidades de renda na Amazônia. Essas foram as metas trabalhadas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) durante um encontro, realizado nesta quarta-feira (13/08), com empresas chinesas que atuam em áreas estratégicas para a abertura de novos mercados voltados aos produtos amazônicos, segundo informou o governo federal.
A reunião com representantes do setor privado ocorreu na sede do Conselho Chinês de Promoção de Comércio Internacional (CCPIT), instituição parceira da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). O CCPIT atua como ponte para atrair investimentos de empresas líderes na China e em outros países, com ênfase no desenvolvimento econômico sustentável.
Estavam presentes empresas de diversos setores, incluindo fabricantes de painéis solares, máquinas agrícolas, equipamentos para processamento de alimentos, caminhões elétricos e empresas de comércio exterior e logística. Em seu discurso, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, fez um panorama econômico e social do Brasil, destacando que o país figura entre as 15 maiores economias do mundo e ocupa posição de destaque para investidores que buscam crescimento sustentável e inovação de longo prazo.
Em seguida, comentou o Programa Rotas de Integração Nacional, explicando sua importância para estruturar redes produtivas sustentáveis em todo o país, conectando pequenos produtores, empreendedores e investidores em cadeias de valor consolidadas. “Um exemplo dessa política na Amazônia é a Rota do Açaí, que fortalece a produção e exportação do fruto, além do desenvolvimento de bioprodutos, cosméticos, suplementos e alimentos funcionais com alta demanda internacional. Tudo isso aliado à preservação da floresta e ao fortalecimento da bioeconomia amazônica”, ressaltou Góes.
Entre os exemplos de potencial de investimento apresentados, pontuou-se o caso do Amapá, onde a produção tradicional de açaí vem sendo fortalecida pelo incentivo à industrialização de seus derivados e pela organização de cooperativas. A participação do estado foi exaltada por sua riqueza em biodiversidade e também potencial logístico, com acesso direto a mercados internacionais — devido à nova rota marítima entre o Porto de Gaolan e os Porto de Santana.
Como desdobramento, a Apex e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) pretendem aprofundar o diálogo e viabilizar uma agenda de visitas presenciais ao Brasil, criando condições para que essas oportunidades se transformem em parcerias concretas em termos de tecnologia, infraestrutura e inovação.
Fortalecendo o diálogo
Além de prospectar investimentos para impulsionar cadeias produtivas sustentáveis na Amazônia, a delegação do MIDR se reuniu com o Governo da Província de Jiangsu para compartilhar experiências em desenvolvimento regional, gestão de emergências e infraestrutura hídrica. Jiangsu, onde está localizada a cidade de Nanjing, é uma das províncias mais ricas e dinâmicas da China. Líder nacional em ciência e tecnologia, figura entre as três províncias que mais crescem no país, com destaque tanto para o PIB quanto para a inovação.
Essa realidade torna a província um exemplo inspirador para o Brasil, especialmente no que se refere às estratégias de desenvolvimento regional promovidas fora dos grandes centros, como enfatizou o ministro Waldez Góes. “Estamos interessados em conhecer as experiências de Jiangsu no planejamento regional e na integração entre desenvolvimento e prevenção de riscos. A atuação coordenada entre os órgãos de governo na formulação de políticas de crescimento sustentável, associadas a estratégias de preparação e resposta a desastres, é um modelo que muito nos interessa”, afirmou.
Segundo o governo, a missão do MIDR à China contribui para integrar a economia brasileira a cadeias globais de valor, ampliando oportunidades de investimento em infraestrutura, desenvolvimento regional e inovação.
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