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Manaus

Secretários de David Almeida acusados de furar fila da vacina já despacham normalmente nos gabinetes

Após as denúncias de que furaram a fila da vacina, secretários se afastaram para tratamento de saúde, esperaram repercussão da denúncia diminuir nas redes sociais e retornaram.

Os secretários municipais Sabá Reis (Limpeza) e Shádia Fraxe (Saúde), acusados de furarem a fila da vacina contra a Covid-19, voltaram a dar expediente na Prefeitura de Manaus, mesmo após a representação do MPC (Ministério Público de Contas), do MP-AM (Ministério Público de Contas) e defensorias públicas do Estado e da União , encaminhada TCE (Tribunal de Contas do Amazonas) em fevereiro, pedir o afastamento desses gestores por 60 dias, dos respectivos cargos.

A representação contra eles foi elaborada após as denúncias de que secretários municipais e pessoas próximas a eles, em Manaus, estavam se vacinando contra a Covid-19 antes dos grupos prioritários.

Após as denúncias de que furaram a fila da vacina, eles se afastaram para tratamento de saúde, esperaram repercussão da denúncia diminuir nas redes sociais e já despacham em seus gabinetes, impunes, como se nada tivesse acontecido.

Shádia Fraxe estava afastada desde o dia 14 de fevereiro quando informou que foi diagnosticada com obstrução intestinal e posterior perfuração de alça intestinal e sepse e que foi submetida à duas cirurgias.

Sabá Reis, que é pai do presidente da Câmara Municipal de Manaus, David Reis, do Avante, mesmo partido do prefeito David Almeida, também foi afastado das funções informando que havia contraído Covid-19 e foi receber tratamento nos melhores hospitais de São Paulo.

O MPC, o MP-AM e defensorias públicas do Estado e da União pediram em representação ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE) o afastamento do cargo por 60 dias de Sabá Reis e Shádia Fraxe . Eles receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no primeiro dia de imunização, 19 de janeiro. O presidente do TCE, Mario de Mello, encaminhou os processos aos relatores Alípio Reis Filho e Júlio Assis Pinheiro.

De acordo com as representações, o objetivo é apurar e definir as responsabilidades de agentes públicos pela, segundo os órgãos, falta de transparência e de impessoalidade administrativa na execução da campanha de imunização da Covid-19 em Manaus.

Os órgãos de controle alegam que há evidências de obscuridade, improbidade e desvios na seleção dos vacinados e na composição das listas de vacinação, com várias pessoas beneficiárias sem função no serviço de saúde e atendimento direto aos doentes de Covid-19.

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