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Economia

Servidores federais apresentam contraproposta e pedem reajuste de 35% em auxílio-alimentação

Presidente do Fonacate afirma que proposta é razoável; governo propôs reajuste de 17,5% na semana passada.

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Os servidores públicos federais rejeitaram a proposta do governo de reajuste de 17,5% para o auxílio-alimentação do funcionalismo federal. O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) informou na sexta-feira que protocolou um ofício no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentando sua contraproposta de 35% sobre o valor atual do benefício, de R$ 1.000.

De acordo com o Fonacate, a contraproposta foi construída em reunião com entidades que integram o fórum. No caso do reajuste do auxílio-alimentação, no valor de R$ 350 a mais, os servidores pedem que sua implementação seja feita em duas parcelas, ou seja, R$ 175 em dezembro deste ano e R$ 175 em abril de 2026.

O fórum também apresenta em sua contraproposta o pedido de reajuste em 20% para o auxílio pré-escolar, a ser pago em abril de 2026, além de reajuste de 30% em relação à assistência à saúde complementar, também a ser pago a partir de abril de 2026. O reajuste da saúde deve levar em conta a inflação acumulada dos custos médico-hospitalares desde abril de 2024.

Os servidores pedem ainda reajuste emergencial dos valores pagos a servidores que se afastam da sede, argumentando que muitos acabam arcando as despesas do próprio bolso porque “as quantias atualmente praticadas são insuficientes”.

Em nota, o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, observou que a contraproposta é bastante razoável e testa a disposição do governo de negociar com os servidores. “Pois, se for apenas comunicação, a mesa nacional perde os sentido”, afirmou.

Já a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) disse, também em nota, que “repudia o posicionamento do governo, tendo em vista que a proposta apresentada representa um rompimento com os diversos acordos de greve, que previam a isonomia dos benefícios com os demais poderes.”

Na semana passada, o MGI apresentou a proposta de reajuste, que seria pago ainda em dezembro, durante reunião da 12ª Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com representantes dos servidores públicos.

Na ocasião, a pasta sinalizou que o aumento representaria um reajuste acumulado de 156,55% desde 2023. E destacou que o impacto da proposta seria de R$ 1,1 bilhão em 2026, valor já estimado no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2026 enviado ao Congresso Nacional.

Mas o Fonacate criticou a proposta, argumentando que a demanda dos servidores pela equiparação dos auxílios entre os Três Poderes, pleiteada desde a retomada da MNNP em 2023, não foi atendida.


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