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Economia

Sem concurso: novo presidente diz que INSS não precisa de mais servidores

Leonardo Rolim substituiu Renato Vieira, que defendia a necessidade de mais 13,5 mil funcionários para reduzir a fila na análise de novos pedidos

Mesmo com uma fila de quase 2 milhões de pedidos de aposentadoria e mais de 20 mil cargos vagos, o novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Leonardo Rolim, nomeado ontem (29), descartou a abertura de concurso ao afirmar que a autarquia precisa de menos servidores efetivos do que a quantidade existente hoje. A informação foi dada pelo jornal O Globo.
Rolim foi anunciado como chefe do INSS após a demissão do então presidente do órgão, Renato Vieira, que defendia a necessidade de mais 13,5 mil servidores para reduzir a fila na análise de novos pedidos.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar a contratação de 7 mil militares da reserva para atuarem agências do INSS, mas o Tribunal de Contas da União (TCU) criticou a medida.
Com a digitalização dos processos, o novo presidente do INSS entende que não há razão para a contratação efetiva de mais servidores. Rolim entende que o INSS Digital, ao permitir a entrada irrestrita de novos pedidos por benefícios, explicitou uma fila que já existia e que não era visível.
Em julho do ano passado, houve uma “virada” definitiva, com uma consolidação dos atendimentos virtuais. Sem gente para analisar os benefícios, a fila ganhou os contornos da crise que eclodiu no fim do ano.
Conforme diagnóstico feito por Rolim junto à sua equipe no Ministério da Economia, o modelo existente hoje está superado e, por esta razão, não houve nem deve haver novas contratações. Somente em 2019, mais de seis mil servidores do INSS se aposentaram, diante da possibilidade de recebimento integral de uma gratificação, conforme levantamento da Secretaria de Previdência.

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